Não gosto dessa sensação de que ninguém vale a pena, de que ninguém vale meu esforço.
sábado, 30 de outubro de 2010
terça-feira, 26 de outubro de 2010
borboletas
palavras como borboletas fugitivas, longe do estômago e que não querem ser encontradas nem presas. que não querem ter suas asas cortadas, nem seu vôo impedindo então mantêm-se o mais alto possível, onde mãos e redes não podem capturá-las. palavras que voam mais alto que o céu, pra longe das bocas escancaradas, do coração aflito. então elas vão embora, voam longe, me deixam aqui sentada sozinha com caneta e papel, logo eu que sempre gostei de escrever, até nas pétalas das flores despedaçadas. sempre que não há poesia eu vivo. porque a poesia só aparece quando eu não sorrio. é bonita e suspira, mas é triste; tristeza de quem é só e escreve muito. palavras que ganham asas, e vão embora do meu alcance, me obrigando a levantar pra tentar pegá-las. não percebi que dessa forma eu criei coragem pra levantar do meu canto isolado, e dar passos pra frente. minha poesia não encontra mais razão pra chorar e meus dias eu mesma faço.
quinta-feira, 14 de outubro de 2010
Nada a declarar
Quando os dias seguem seu ritmo caótico de forma tão harmônica, as palavras fogem à boca e só quem passa por mim para ver o tamanho do sorriso estampado na minha face. Eu gosto mesmo é da vida real.
"Livre pra poder sorrir, sim..."
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