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terça-feira, 18 de outubro de 2011

sms

"Não se esqueça da minha lembrança", ela disse fazendo charme e achando incrível o fato de ter conseguido digitar em uma mensagem de texto uma frase inteligível que resumia tudo o que ela mais queria dizer, mas esta confuso no furacão de dentro dela. Ao que ele responde "como vou esquecer se lembro de você a toda hora" e era como se todo o corpo dela derretesse em milhares de partículas e mil sóis nascessem e se pusessem diante dos olhos dela.
E eles foram viajar no dia segiunte, cada um para um lado. E ela queria mesmo ir para o sentido contrário ao encontro dele. Mas ela dormiu sorrindo por dentro e por fora naquela noite, imaginando como ele estava lá, sob o mesmo céu. E ela acordou mais cedo para ver o sol nascer sentada na varanda quando olhou o visor do celular e viu numa combinação de palavras um futuro que ela desacreditava poder existir florindo. "Infelizmente (pra você) não consigo parar de pensar em você" e foi como se centenas de anjos descessem do céu tocando uma música celestial abençoando o momento, dizendo que dessa vez ela estava acordada.
Mas ele não sabia que ela costumava acreditar com força naquilo que não via, naquilo que sente e se escreve. Ela acreditava na magia e no poder das palavras. Ela costumava poetizar o insignificante e o corriqueiro.
É como dizem, o mesmo mar que purifica e renova as energias de uns pode também trazer as energias negativas depositadas por outros, e tanto banho de mar salgou aquela não-existente relação.
E foi-se assim, como começou. Em ondas, lobo na pele de cordeiro, tristeza embrulhada em papel de presente.
Ainda hoje, ela prefere acreditar que algo na combinação sol, areia e mar encantam àqueles que contemplam muito tempo o nada deixando os pensamentos vagarem perdidos e solitários. Ele se apaixonou pela sombra da moça bonita e decidiu ficar por lá.
Final poético para história trágica é a cara dela.

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

("Sometimes I wonder why I'm so full of these endless rhymes about the way I feel inside... I wish I could just get a ride"... Dallas, Dallas eu me apaixono por você toda vez que te ouço, você me dói inteira)

Não consigo traduzir esse caos dentro de mim. Quero dizer tudo, mas não quero também. Medo, receio, ou sei lá o quê. No fundo, sempre escrevi com um propósito, com nome e endereço exatos, mas nunca quis que o dono do texto lesse. Eu sempre fui a pessoa que complicava tudo e justo quando eu só quero simplificar, eu esbarro em caos, caos e mais caos. Agora é só oceano sem fim, e sem nada a vista.

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Cuidado com as ilusões, mocinha. Profundas e enganosas feito o mar.


Caio F.

terça-feira, 4 de outubro de 2011

A sensação de que algo foi perdido, elo quebrado.
É sempre assim, no fim a gente começa a pensar no começo.
A impressão que tenho é que existe um oceano dentro de mim.