Faz tempo que venho ensaiando esse momento, tentando reunir os pensamentos que formam um furacão dentro de mim e organizá-los em forma de palavras e linhas. Palavras que gritam para ser libertadas, pois esse deve ser seu estado natural: livre.
Acontece que não sei como vomitá-las e fico nessa náusea angustiante.
Têm dias que a sensação é de carregar o peso de um mundo dentro dessa vida. E a consequência é sentida no corpo. Primeiro os ombros doem. Depois as olheiras aprofundam.
Bate bate bate coração, dentro do peito. Bate bate bate suas asas querendo abrir e sair.
Bate bate e as palavras travam.
Mas vai continuar.
Nem tudo que não se fala se cala.
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