
Seu cheiro ainda está na minha blusa e eu fui dormir sentindo o aroma que me fez lembrar de cada instante. E tem algo no seu olhar fugitivo que mais querer continuar olhando, mesmo que você tente desviar.
A brisa que assopra meus cabelos, leva meu pensamento tão longe, e nos une de uma forma tão única que em um segundo poderia me sentir em outro mundo.
Ficar sentado naquele banco enquanto a chuva fazia barulhos surdos aos nossos ouvidos, olhando os rostos sem expressão, tentando decifrar o pensamento um do outro, contemplando o silêncio, são coisas que podem ser banais pra qualquer um que não entende o quanto de esforço isso nos requer e o que significa.
Um silêncio velado, uma verdade querendo ser gritada, um segredo preste a ser revelado, uma confissão que subjulgue. Eu juro que aquela agonia passou, e eu te tenho aqui.
Eu vou ficar no meu lugar, sem inteferir nas suas escolhas. Do fundo do meu coração, mais do que a qualquer outro, eu quero te ver bem, e nem me entristece o fato de não te ter aqui pra sempre nesse momento. Porque naquela hora que eu olhei pra você cabisbaixo tentando me ver de canto de olho, eu soube que esse momento foi só uns dos primeiros, um começo, e temos todo o tempo do mundo ao nosso favor. E toda disposição de ambas as partes. A gente gosta.
E se despedir está se tornando cada vez mais difícil.
Foi uma bela noite chuvosa de verão.
"Já se sabe que você só procura abrigo mas não deixa ninguém ver, porque será?"
ouvindo: Jens Lekman - Another Sweet Summer's Night on Hammer Hill
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