Entre defeitos e trejeitos, fiquei procurando onde eu errei. Em que mania irrecuperável fui deixar tudo se perder. Não sei qual o problema.
Então, afinal, não há problemas nem culpados. Os únicos mortos e feridos da história são as ilusões que criei ao imaginar que poderia ser diferente.
Esses dias cinzentos me deixam abraçando as pernas, pareço arrependida.
Talvez até esteja, talvez não; minhas certezas ficaram esparramadas pelo chão, ao longo do caminho até o centro de mim.
Talvez eu ame mesmo criar situações irreais em meio ao tédio cotidiano.
Olho para o chão porque levantar os olhos nesse momento só me faria enxergar as ilusões por mim criadas, bem ali rindo para mim em deboche, e eu não quero ver essa peça.
Pegarei uma carona para outro lugar qualquer. Já não estou onde eu quero estar.
Não quero ficar aqui, não enquanto minha mente trabalha pra me frustar.
Quero coisas mais reais.
Às vezes, a minha vontade é pular daquela janela e voar.
sexta-feira, 29 de maio de 2009
segunda-feira, 25 de maio de 2009
Um mal necessário.
Tem coisas que se resolvem assim, deixando-as quietas.
Indiferença é um veneno que me mata lenta e dolorosamente e não estou disposta a sentir tal dor.
Últimas palavras dedicadas, memórias registradas.
É isso, desisto da minha parte do jogo. Pode me chamar de covarde, de acomodada, de fraca, eu não me importo. Talvez mereça cada um dos xingamentos que posso vir a receber, mas saiba que minha arte de lidar com as palavras nunca ficou tão colorida como quando você colocou um sorriso no meu rosto e um brilho nos meus olhos, mas entre todos que poderiam me elogiar, entre todos, só um me deixaria realmente feliz por notar.
Cansei de ser só eu.
Sempre foi assim, e isso já me desgatou.
Vou me desligar, vou ocupar minha mente com meus mundos paralelos.
Vou me fortalecer, vou sumir. Talvez eu vá viajar, talvez para outro planeta, vou recuperar minha alegria de estar na (minha) melhor companhia.
Vou dar um tempo desse tempo.
Eu não estou mal talvez só um pouco muito louca, mas longe de ser ruim. Brianstorm puro.
Vou reeencontrar meu eu sonhador, meu eu-lírico perdido nos campos floridos.
Nessa viagem eu não quero nenhuma companhia cabisbaixa, quero alguém rindo mais do que eu, porque eu cansei de tentar reanimar pessoas mortas, que fingem desistir de ser feliz só pra fazer charme.
Vou pr'onde eu não tenho limites de loucuras e a liberdade é uma velha amiga.
Eu não vou pegar atalhos, vou seguir o caminho mais florido que encontrar, onde o sol brilha dia e noite, noite e dia.
Eu não quero mais sofrer; eu não sei mais o que pensar, por isso tomei a decisão de não ter mais que pensar em nada. Só quero viver os prazeres que essa porcaria de vida tem a oferecer, mesmo que esses prazeres venham com um pouco de dor - estou anestesiada. Vou me amar um pouquinho mais e mandar pra casa do caralho as pessoas todas que não souberam me amar bem naquela hora em que eu tinha mais medo do escuro.
Pra onde vou, a brisa será constante; lá eu não precisarei chamar atenção pra ser notada. A vibe estará no ar.
Não pretendo mais banhar meu rosto com essas lágrimas, não por tais motivos.
Última vez que dedico palavras, aproveite-as e engulá-as. Só cuidado pra não se engasgar no própria indiferença. Não sei se estarei por perto pra ajudar.
Minha conexão falhou, vou me desligar.
Câmbio desligo.
A minha brisa não alcança o chão.
segunda-feira, 18 de maio de 2009
"Estou entregue a ponto de estar sempre só
Esperando um sim ou um nunca mais."
Eu sei que era isso o que eu tinha para ser reparado na letra.
Queria que o tempo passasse voando e ter todo o tempo ao seu lado, simultaneamente.
Me sinto desprotegida.
Droga, eu prometi ser racional.
Droga, promessas foram feitas para serem quebradas.
Droga.
sexta-feira, 15 de maio de 2009
Sim, eu tenho medo, e não sei em que grau, mas isso me deixa bem.
É expectativa, é cheiro, é vida.
Dá medo de saber o que acontece do outro lado.
Queria certezas. Queria estender a mão no escuro e sentir que do meu lado tem alguém cujo toque eu reconheceria mesmo depois de muito tempo; cujo coração bate e e faz ouvir a quilômetros que sejam.
É alguma coisa nessa curva entre o pescoço e o ombro, tenho certeza, ainda não consegui decifrar.
Mas se a vida fosse feita de certezas seria muito chata. O que é bom mesmo é essa expectativa, o brilho nos olhos, a gagueira.
E eu sei que não tocou só a mim, pude sentir pelo beijo nos dedos.
Algumas estrelas vão estourar essa noite e a menos que me expulsem de meu mundo eu vou recordar de tudo. Cada movimento, cada olhar, cada sorriso. Cada palavra sussurrada, cada silêncio significativo.
Faz frio lá fora, mas o seu calor fez com que uma chama ficasse, a chama que você deixou para me aquecer quando não estivesse você mesmo aqui para fazê-lo.
Esconde o medo e sorri, não é esse o lema?
Eu acho que eu aprendo. Ou você me ensina.
quinta-feira, 14 de maio de 2009
Eu quero sol nesse jardim, eu quero a luz entrando pela janela e invadindo o chão do meu quarto de manhã.
Eu acordo e penso. Vou trabalhar e lembro. Viajo viajo viajo.
O tempo tira as coisas do centro das atenções e é nessa hora que aproveito pra mergulhar no seu mundo, quando você tiver de baixa guarda.
Eu invado o seu lar, eu pinto as paredes com cores berrantes e mudo os móveis de lugar, só pra te provocar; eu entro pela porta da frente, escancaro-a e coloco o pé no sofá. Eu derrubarei a ordem, mexerei com os quadros.
Você é detentor de coisas incondicionais.
Deixa eu brisar, sentir, tocar, ser.
Beber na essência da sua presença, tocar o ar que se respira.
Deixa que eu guardo o momento e quando menos esperarem, fecharei os olhos e sorrirei ao reviver tudo.
Ar livre, pulmões abertos.
Vida vida, eu te quero. Bem aqui, pra sempre.
Segura minha mão e não solta, te conduzirei para meu mundo, não precisa ter medo.
Você já me tem.
"Pra quem vê a luz mas não ilumina suas mini certezas."
Assinar:
Postagens (Atom)