Páginas

sexta-feira, 24 de julho de 2009

Diz que fui por aí

Se alguém perguntar por mim, diz que fui por aí, levando um violão debaixo do braço. Em qualquer esquina eu paro, em qualquer botequim eu entro, e se houver motivo é mais um samba que eu faço. Se quiserem saber se volto, diga que sim; mas só depois que a saudade se afastar de mim. Tenho um violão pra me acompanhar; tenho muitos amigos, eu sou popular; tenho a madrugada como companheira. A saudade me dói, o meu peito me rói. Eu estou na cidade, eu estou na favela, eu estou por aí sempre pensando nela - Fernanda Takai

quarta-feira, 22 de julho de 2009

Because maybe...

Eu venho sendo a mais dedicada praticante da auto-destruição. Não me agasalho mais no frio, não me alimento direito quando tenho fome; não durmo o suficiente e não paro de tocar essa música. Eu venho buscando formas de te sentir dentro de mim de novo pra saber que não morreu a lembrança e constatar que minha mente não esqueceu seu cheiro, seu toque, seu gosto.

Eu não deveria fazer isso mas preciso, como se forma de sentir-me viva. Vai ver é frustração. É, pensando bem essa é a resposta. Porque EU é quem queria estar do seu lado sempre. Eu queria que fosse em mim que você pensasse antes de dormir e pudesse dar um beijo de boa noite; que estivesse ao seu lado ao você acordar e te dar um beijo de bom dia com a cara de sono mais linda do mundo. Porque eu queria que tivesse sido eu e você, nós como um só. E no fundo eu ainda tenho esperança de que seja assim, não sei por qual motivo. Talvez eu esteja interpretando suas palavras de forma a entender o que eu quero que seja verdade.
Talvez você tenha bagunçado minha mente e invadido minha memória, fazendo com que eu lembre de ti todos os dias desde aquele nosso último dia. Talvez realmente o tempo tenha parado naquele último dia, porque eu desisti de contar os dias desde então.
Minhas certezas desmoronaram e o talvez tem sido meu companheiro.

Às vezes me deparo com sua imagem quando folheio álbuns antigos e cada dente na sua boca é um minuto sem respirar.
"E até hoje não houve um só dia em que eu não me lembrasse daqueles nossos dias. E até hoje não houve um só dia em que eu não me lembrasse de você. Sea, sex and sun Tudo me faz lembrar você ..."

terça-feira, 21 de julho de 2009

como velhos desconhecidos se você não me escuta, eu não vou te chamar.

segunda-feira, 20 de julho de 2009

"Você me fodeu, depois me esnobou. Você me ama, você me odeia. Você era sensível, dai se tornou um idiota. Isso descreve bem o nosso relacionamento?"
Marla Singer

domingo, 19 de julho de 2009

Carta

Eu te gosto tanto...
Fico buscando maneiras de te sentir; testo minha mente só para ver se ela decorou cada centímetro do seu sorriso perfeito, seu cheiro, sua respiração. É como se fosse droga; experimento para ver qual o seu barato. Só que invés de tóxico, uso lembranças, que provocam um êxtase. Como eu te queria novamente... Às vezes minha vontade de você é tão desesperada, tão intensa e assim se mosra justo quando acho que me livrei. Eu queria mesmo era consumir sua presença de forma a senti-lá em mim mesmo depois de limpa; queria roubar teu cheiro todo pra mim, de forma bem egoísta mesmo. Aquele nosso último dia, eu não queria te soltar. Como se meu coração pressentisse a quebra, eu te beijei com urgência e abracei forte. Eu queria mesmo era eternizar aquele momento, parar aquele segundo durante uma inspiração e entrar em você permanentemente. Quando eu cruzei meu caminho e me vi finalmente sozinha naqueles trilhos, eu sabia que não ia fazer aquele caminho no dia seguinte mas controlei o impulso de correrde volta ao seu encontro. Era como se eu fosse partir ao meio. O começo da frustração. Você precisava pensar, tomar decisões e fazer suas escolhas. Eu concordei. É difícil para quem está envolvido, você disse, eu entendi. Eu esperei, assenti e me frustrei. A frieza, o silêncio, torpor. Fui privada da droga e agora estou na pior crise de abstinência. Já não me importo em contar os dias ou quantos meses faltam para o Natal, porque desde aquele nosso último dia, foi como se o tempo houvesse parado no instante que nossas bocas se separaram; uma maneira de manter eterna aquela nossa última noite e fazer com quede manhã, ao acordar do torpor, o som que eu fosse ouvir seja o da sua respiração alta e poder ver seu rosto lindo ao meu lado. Espero pelo fim da meia noite eterna e a chegada da manhã que encherá de raios de sol o chão do meu quarto, iluminando a cena de nossas vidas.