Páginas

sábado, 30 de abril de 2011

segunda-feira, 25 de abril de 2011

anchor

Como continuar a depositar fé em uma pessoa quando uma atitude coloca em cheque toda a credibilidade passada por palavras ditas anteriormente?
Atitudes põem palavras aos chão.
Atitudes pesam muito.
Palavras só encontram sentido quando embasadas em atitudes condizentes. Caso contrário são vazias. São só palavras, que você distribui pra qualquer um, como seus melhores sorrisos. E sua boca está cheia, de palavras e sorrisos.
Porque você está dando seu melhor todo dia, pra todo mundo e qualquer um, você não percebe. Sua alma transparente é tão tocada que nem se preocupam em valorizar. Você simplesmente distribui. Não observa que tem gente que quer cuidar dela.
Seu coração pede claramente um novo caminho, mas sua mente divaga por prazeres que não te satisfazem. É como um ciclo vicioso. Ele pede, você fala. Você tenta mudar, mas se deixa levar pela atitude comum, pelo hábito, por velhos vícios.
Eu te vejo perdendo-se todo dia, e eu tentei tanto abrir os seus olhos, calando minha intenção. Me dói desistir, mas não mais que apostar. O que eu posso fazer? Não luto contra a maré, perdi a força do hábito. Se você não tem a postura pra tentar mudar sua realidade, minha esperança sempre será a última a morrer.
Não fiquei por ficar, e não estive por tanto tempo parada na porta apenas porque estava bom ficar admirando a paisagem do lado de dentro e do lado de fora. Eu acreditei por muito tempo na sua hora certa. O tempo nunca se esgota por completo.
Pra mim hoje, atitudes falam muito mais, pesam, sentem e mesmo que firam, demonstra muito mais vida do que falar, falar. Acho que por isso tenho escrito menos. 
Não adianta escrever dezenas de páginas se não servem pra nada, se não se configuram em uma atitude que seja. Eu vivo o que faço e nem sempre o que escrevo.

Quando a máscara cai, o que se revela é o desejo em estado bruto e puro.
Eu sei o que quero.

É âncora, é infinito. 
Infinito, âncora.

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Sobre reconstruir e esperar

Venho dizendo que não sinto mais essas vontades, nem impulsos amorosos e que prefiro andar só. Eu cansei de acreditar sabe. De  colocar minha fé e esperança em algo feito de areia, em criar romance de história breve. Sim, deixei pra lá. 
Vivo a maior parte do tempo feliz. É, feliz, quem diria. A partir do momento que eu entendi e aceitei minha derrota, eu me reergui. Porque o que eu quero é olhar dos ombros ao céu. Eu quero algo que me leve ao delírio; se for pra me deixar apenas na superfície nem me tire do meu estado de inércia.
Se bem que às vezes viver na superfície é mais fácil de se levar, principalmente a rotina 'segunda-a-sexta-horário-comercial'. É bom pra mostrar a cara de funcionária exemplar, enquanto o que você quer mesmo é mandar seu chefe autoritário tomar no cu.
Li hoje uma frase que me chamou atenção: "você pode ter qualquer coisa nessa vida se sacrificar todas as outras por isso." Fez muito sentido, já vivi cada letra dessa frase mas não estou a fim de escrever a respeito, pois já o fiz tanto que me sinto um tanto repetitiva. É, acordei me achando repetitiva, só porque lá pelas 6 e tantas da manhã acordei e comecei a repassar mentalmente todos os meus pseudo casos de amor. Um romantismo aqui, uma boa foda ali, palavras bonitas acolá, mas o que sobra de tudo isso?
Acredito que morri de amor duas vezes. Mas amor mesmo, não paixão adolescente. Foi bom. Aliás muito bom. Nunca me senti tão viva. E em nenhuma das duas o objeto do meu amor percebeu. Porque eles não entenderam quando disse que sinto muito. Ou eu que não sei me expressar ou eles não estavam tão dispostos de chegar bem lá no fundo, como eu estava. 
Deixar uma pessoa entrar significa derrubar o muro que você passou a vida inteira construindo. E estou querendo mesmo é eliminar quaisquer ameaças ao meu muro. Melhor esperar por alguém que o derrube por inteiro, e não apenas a metade, me deixando metade aqui, metade do outro lado, mas nunca completa num lugar só. Ai o tempo passa e só me sobra o trabalho de reconstruir.
Estou tentando ficar assim, desacreditando de qualquer forma de amor dado fácil e torcendo mesmo pra que alguém venha e me mostre que estou errada. 

quarta-feira, 6 de abril de 2011

mil palavras

Tudo que sei falar é sobre amor. É que está por todos os lados, por cima e por baixo, dentro e fora de mim.
Eu não sei ser de outra forma.

Take it or leave it.

domingo, 3 de abril de 2011

soma

Depois de tanto silêncio, as verdades não fazem mais sentido.
E não a nada a ser dito quando se optou virar as costas e continuar, como se não tivesse deixado nada sangrando. Às vezes um não é a palavra mais pesada do mundo, mas também a mais profunda forma de mostrar respeito e amor. 
Obrigada por me perder. Agora eu deixo (me) ir.

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Promessas são feitas para serem quebradas

Ainda ontem eu disse que não poderia ficar doente.
Ainda ontem eu disse que não posso gostar de mais ninguém.


Hoje acordei no hospital e só pensava em ligar a uma pessoa para me consolar.
É Letícia, talvez isso seja o que chamam de amor.