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segunda-feira, 25 de abril de 2011

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Como continuar a depositar fé em uma pessoa quando uma atitude coloca em cheque toda a credibilidade passada por palavras ditas anteriormente?
Atitudes põem palavras aos chão.
Atitudes pesam muito.
Palavras só encontram sentido quando embasadas em atitudes condizentes. Caso contrário são vazias. São só palavras, que você distribui pra qualquer um, como seus melhores sorrisos. E sua boca está cheia, de palavras e sorrisos.
Porque você está dando seu melhor todo dia, pra todo mundo e qualquer um, você não percebe. Sua alma transparente é tão tocada que nem se preocupam em valorizar. Você simplesmente distribui. Não observa que tem gente que quer cuidar dela.
Seu coração pede claramente um novo caminho, mas sua mente divaga por prazeres que não te satisfazem. É como um ciclo vicioso. Ele pede, você fala. Você tenta mudar, mas se deixa levar pela atitude comum, pelo hábito, por velhos vícios.
Eu te vejo perdendo-se todo dia, e eu tentei tanto abrir os seus olhos, calando minha intenção. Me dói desistir, mas não mais que apostar. O que eu posso fazer? Não luto contra a maré, perdi a força do hábito. Se você não tem a postura pra tentar mudar sua realidade, minha esperança sempre será a última a morrer.
Não fiquei por ficar, e não estive por tanto tempo parada na porta apenas porque estava bom ficar admirando a paisagem do lado de dentro e do lado de fora. Eu acreditei por muito tempo na sua hora certa. O tempo nunca se esgota por completo.
Pra mim hoje, atitudes falam muito mais, pesam, sentem e mesmo que firam, demonstra muito mais vida do que falar, falar. Acho que por isso tenho escrito menos. 
Não adianta escrever dezenas de páginas se não servem pra nada, se não se configuram em uma atitude que seja. Eu vivo o que faço e nem sempre o que escrevo.

Quando a máscara cai, o que se revela é o desejo em estado bruto e puro.
Eu sei o que quero.

É âncora, é infinito. 
Infinito, âncora.

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