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sexta-feira, 15 de novembro de 2013

Observar, absorver

Te vejo dormir, te vejo respirar ali na minha frente, tão suave, tão você. Enxergo mil formas na sua pele gostosa, te faço carinho com meus olhos, te beijo em mil lugares, te ouço, te absorvo, te eternizo nas minhas retinas. Se eu pudesse dar mil voltas no mundo neste instante, eu escolheria este lugar pra ficar, pra repousar toda minha bagagem de amor. Olho o quadro de céu da janela, sinto o vento, sinto o calor tocar. Nessas horas minhas lágrimas só agradecem em forma de transbordamento. Não poderia querer mais nada da vida.

terça-feira, 10 de setembro de 2013

Lobotomia

“She wants to know if I love her, that’s all anyone wants from anyone else, not love itself but the knowledge that love is there, like new batteries in the flashlight in the emergency kit in the hall closet.” - Jonathan Safran Foer, Extremely loud & Incredibly close.

Você olhou pra mim e fez cara de quem já me conhecia. De cima à baixo, como quem faz inspeção num imóvel onde morou quando era criança; móveis diferentes, mas o mesmo cheiro de lugar conhecido. Fazia tantos anos que eu não olhava pra você também, mas a verdade é que eu não senti saudade de você nem por um segundo nos últimos quinhentos anos. Nada.
Saí dali com aquela sensação estranha de ter mergulhado a ponta do dedo num copo de passado e enfiado na boca rápido, descobrindo numa lambida só que algumas coisas quando amargam não voltam a ser doce depois de um período de abstinência. Passei esbarrando por algumas pessoas, fui quase atropelada por alguns carros, as ruas ficaram um pouco tortas de uma hora pra outra e meu equilíbrio que andava tão em dia comigo resolveu falhar.
Esse é o problema de gostar das pessoas. Pessoas fodem sua vida, partem seu coração, comem outras pessoas quando deviam estar só comendo você. Pessoas têm passados de histórias de amor que não foram com você e, no fundo, a gente sempre sabe que a gente também tem o nosso e faz parte do passado comprometedor de alguém. E pior, até onde vale à pena lutar com garras afiadas contra o passado de quem a gente ama, ou esconder com todos os recursos de privacidade o que já aconteceu na nossa própria vida?
O problema do meu ciúme é que ele é tão grande que acaba ficando sem foco. Meu ciúme não tem nome porque eu consigo dar variados nomes à ele todos os dias, em todas as suas ações eu consigo achar alguém que está ali, bem escondidinho no canto do seu cérebro que administra todas as lembranças que foram feitas antes de eu chegar. Meu ciúme é tão imbecil, que eu às vezes penso que se eu abandonar você eu posso finalmente me tornar uma lembrança grossa que também caber (e ainda roubar o lugar de algumas pessoas) nessa parcela de massa incefálica que eu ainda não posso entrar. Se eu fosse passado e não presente, seria eu que ia importunar, não quem estaria sendo importunada.
Daí eu fico inspecionando meu passado de perto todos os dias atrás da moita, que é pra eu me lembrar que eu também tenho um e que, se você resolvesse futucar aqui e ali o tempo todo (como faço eu), você também sentiria ciúme de mim. Mas aí me vem sempre aquela outra pergunta: será que você não sente? Será que enquanto eu durmo você não pega o meu celular e lê todas as minhas mensagens na vontade de achar alguma coisa que explique o porquê eu vigio tão de perto cada um dos seus suspiros mais longos? Ou será que só sou eu mesmo que sou a louca deste relacionamento e não entendo que depois de tanto tempo não resolve mais ter ciúme, ou se acredita no que se tem ou se vai embora e pronto?
Vocês me olharam com caras conhecidas porque, afinal, vocês supunham mesmo me conhecer muito bem. Um beijinho aqui, há anos atrás, algum segredo que naquela época era muito importante, mas que hoje eu nem me lembro mais. Talvez você conheça o nome da minha música preferida e talvez saiba quem é minha melhor amiga e qual é o time do meu pai. Talvez eu tenha um dia dito estar apaixonada por você, talvez eu tenha chorado algumas noites – ou até muitas – porque você me traiu, ou porque me deixou, ou porque não quis me namorar.
E você, amor, você me olha fundo porque conhece o meu bem e o meu mal. Enquanto os outros guardam de mim memórias pequenas, você me reconhece nos meus gestos mais comuns e me enfrenta no meio dos meus devaneios, no meio dos meus ataques de morte, das minhas tentativas de guerra contra todos os demônios que habitam minha cabeça porque ela é sempre cheia de tantas coisas, funcionando muito mais rapido e atribuladamente do que a das pessoas normais. Eu tenho tanto medo de um dia uma mulher normal, com cabelo liso, roupas iguais às de todo mundo e senso de humor medíocre te leve de mim. Porque essas pessoas que são só pessoas – realmente iguais à seus iguais – são normalmente mais fáceis de se conviver. Porque eu sei que você acha a minha loucura bonita e até meio poética, mas eu sei também que você já achou tudo isso muito mais lírico do que acha hoje e que, um dia, pode de verdade cansar de tanto surto.
Eu disse que não senti nada por ele, mas é uma meia verdade, já que não é exatamente uma mentira. Eu senti nada, mas tem dias que eu busco em todos aquilo que você não me dá mais porque já me tem do seu lado há muito tempo. E eles me dão aos montes, mas na hora H eu recuso porque nada do que eles possam me dar vai ser você. E a verdade mais clara de todas as meias que eu tenho dito ao longo desse texto todo é que essas minhas ações repetidas durante tantos anos, nada mais são do que uma bandeira estendida por detrás da trincheira, pedindo trégua e tentando chamar sua atenção.
Na nossa guerra diária de passados, de outros amores, de decisões, de foco, de fica, de fode, de fato, não é a vontade de ganhar de você que me move, mas sim o medo de te perder. A qualquer hora sem aviso, para qualquer uma dessas coisas.
Meu ciúme é tanto que eu acabo olhando muito para o meu passado. E eu sei que sou louca – você me lembra todos os dias e eu também tenho consciência – , mas se eu encontrasse o tão falado gênio da lâmpada hoje, o pedido seria simples e sim, insano: um mundo sem passado, pra mim e pra você.


Rani Ghazzaoui
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Meu comentário:
(Não sou de reproduzir material de outras pessoas aqui. Mas essa autora e esse texto em especial dizem muito sobre mim. Há muitas coisas que eu ainda preciso aprender nessa vida, e uma delas é controlar a minha vontade de ter controle sobre tudo, de investigar coisas que já foram, de chorar as descobertas, de sofrer por coisas que eu simplesmente não posso reverter. Minhas dores sou eu mesma quem causo.)

terça-feira, 3 de setembro de 2013

Transborda

O sentimento tá sempre ali, prestes a transbordar. No abraço que a gente segura e não dá. No beijo que salta até o lábio mas a gente segura e engole de volta. No eu te amo que fica arranhando a garganta mas a gente não grita.
Não é por falta de sentimento. É por excesso. É por não saber lidar, é por medo, é por insegurança. É por bobagem.

sexta-feira, 28 de junho de 2013

"Já cansei de tentar achar resposta para tudo em mim"

Ninguém nunca te disse que as coisas não são fáceis, sua mãe nunca te ensinou que pra se relacionar com as pessoas você precisa muito mais que sentimento. Que aliás sentimento sozinho não garante muita coisa. Ninguém nunca te disse que pra estar com outro é preciso doses altas de respeito, tolerância e compreensão. Que é preciso abrir mão de alguns mimos pra manter a harmonia. Que é preciso entender que se você optou por estar com alguém você tem que ser companheiro de verdade, até na hora de pisar na merda. Ninguém nunca te disse que paixão é tipo fogo na palha de aço, que queima forte mas rápido, que sobreviver depois desse rápido e intenso incêndio requer flexibilidade e que vai te fazer chorar muitas vezes porque você percebe que tem um monte de carência mal resolvida e que não é justo jogar a responsabilidade da sua felicidade nas costas do outro. Ninguém te fala que o outro é uma pessoa separada de você, que tem suas próprias vontades e gostos, e que sim, vão ter dias que ele não quer te ver, e que não vai existir sexo no mundo que sacie a carência. E que não tem nada a ver o que sua cabeça insiste em te dizer que é porque ele não gosta de você. Ninguém te diz que nesses momentos sua cabeça, consciência, coração ou o diabinho em cima do ombro começam a apontar um monte de defeitos e coisas que você sabe que precisa resolver sozinha, que o outro não é resposta pra nenhum problema interno. Ninguém te fala que quando se escolhe relacionar você precisa sim pensar pelo lado do outro, aliás colocar-se no lugar dele. As pessoas carregam coleções de fardos, sentimentos e decepções que a gente nem faz ideia e que moldam a forma como ela vai encarar qualquer relação pro resto da sua vida. E na hora de se relacionar a última coisa que se deve ser é egoísta. Só te falam de tampa de panela, de metade da laranja, de mimimis, príncipes, flores e bombons e que amor é a base pra qualquer coisa. Amor está na essência sim, mas se não houver pilares de respeito e tolerância nenhuma relação vai longe, não quando se convive todos os dias.  Cair dói, bater o dedinho na parede dói, carregar a obrigação de fazer alguém feliz dói e cansa mais ainda. Porque você vai precisar se reinventar todo dia pra alimentar um monstrinho chamado expectativa. Expectativa só é saudável enquanto dá friozinho na barriga. Quando oprime seu coração e te faz dormir de cabeça cheia ela te mata. Sim, expectativa mata. E a imaginação enlouquece. 

quinta-feira, 20 de junho de 2013

excuse me while I kiss the sky

Tem dias que é como se meu ser partisse em dois, separando corpo e mente, cada um com sua sintonia. Por vezes sinto como se entendesse todos os problemas, todas as inseguranças, receios, medos e o que faz a gente sorrir, o que nos faz bem. É como se com minhas mãos eu conseguisse desvendar todos os segredos, descobrir todas as respostas e então fecho os olhos e sinto o cheiro do momento, mas esse momento é efêmero, ele me escapa das mãos e segundos depois eu não consigo me recordar o que estava tão claro antes. É como se eu tivesse descoberto o sentido da vida, das relações, do indivíduo, mas precisasse esquecer para poder viver tudo aquilo na realidade. É como se eu soubesse o segredo para a felicidade plena e precisasse esquecer pra poder continuar. É muito estranho, meus olhos vermelhos enxergam coisas que os outros não vêem. Daí fico assim dividida. meio desligada e meio elétrica, meio aqui meio em outro mundo. E eu juro que nesses momentos é como se eu pudesse tocar o céu com a ponta do nariz.

terça-feira, 11 de junho de 2013

eu faço samba e amor até mais tarde

Era 6h23 da quinta-feira mais bonita do ano. Enquanto eu saia da sua casa pra trabalhar via o céu sorrindo pra mim enquanto se formava mais um dia. 

(Só pra deixar registrado, 06.06.13)

terça-feira, 28 de maio de 2013

sobre tudo o que falei enquanto você dormia.

“Tinha um jeito singular de fechar os olhos quando experimentava emoção bonita, coisa de segundos e coisa imensa. Era como se os olhos quisessem segurar a lindeza do instante um bocadinho, o suficiente para levá-lo até o lugar onde o seu sabor nunca mais poderia ser perdido. Eu via, olhos do coração abertos, e nunca mais perdi de vista o sabor desse detalhe. Porque quem ama vê miudezas com olhar suficiente pra nunca mais se perderem.”

Quem vê assim de fora nem imagina o quanto minha mente tece histórias e palavras pra te traduzir o momento. Você ali dividindo a cama, dividindo a intimidade, me transmitindo seu calor, me protegendo do frio e das minhas incertezas, afastando inseguranças com sua respiração no meu pescoço. É como se eu quisesse agarrar esses momentos, como se fosse pérolas únicas e raras. é quente, é reconfortante, ali duas pessoas livres e desarmadas, respirando o ar do outro, Se eu soubesse como te amarraria nos meus braços, pra poder manter esse momento seguro. Mas tudo bem, como diz na canção, eu gravei seu rosto atrás dos meus olhos. Você me arrepia.



(começo)

sexta-feira, 12 de abril de 2013

segunda-feira, 1 de abril de 2013

Sobre consertos

Em um mundo cada vez mais cheio de gente vazia, que valoriza coisas tão banais, às vezes bate um medo sabe. As relações parecem cada vez mais descartáveis. Num dia se ama, no outro se joga fora. Não entendo isso, não entendo como relacionamentos são descartados facilmente. Quando se está com alguém você tem que estar por inteiro. E quando se gosta a gente abre mão de certas coisas, supera as diferenças para que se viva em harmonia. Amor e convivência devem ser tratados como planta rara que precisa de constantes cuidados para crescer saudável. É triste ver tantas relações deteriorando-se por falta de cuidado. Sei lá, não conheço muita coisa e o conceito de certo e errado pra mim é algo muito relativo. Mas do pouco que sei sobre a vida e do que assimilei dos ensinamentos que tive é que quando algo quebra a gente deve tentar consertar antes de jogar fora.

terça-feira, 26 de março de 2013

quinta-feira, 14 de março de 2013

o dia 13

Sei lá o que aconteceu, mas acordei diferente de quando fui dormir no dia 13. O cheiro de nós dois invadia todo o quarto quando acordei com o despertador, abri os olhos e vi tantas cores familiares, o frio que entrava pela janela, a preguiça de pegar o cobertor, te cobrir e você se aninhar, com a expressão mais gostosa do mundo. Tudo era como uma cena de filme mudo. Um filme que eu assistia e participava ao mesmo tempo. Tive algumas respostas à perguntas mentais essa noite. Tais momentos são meu segredo. Só eu sei o quanto minha cabeça e imaginação trabalham pra me enlouquecer desde sempre, e quando a gente consegue responder umas perguntas internas, é como se todas as vozes de confusão se calassem. O mar interno forma uma onda, mas não é de nenhuma sensação ruim, pelo contrário. Meu barco nunca esteve navegando em caminhos tão bem guiados. Eu quero navegar em você.

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Sobre acender as luzes e arrumar a bagunça

Olá pessoal, tem alguém ai?

Nunca fui de escrever para o público que usualmente vem até meu blog ler. Sei lá, nunca me coube a ideia de manter um blog de dicas ou conselhos pra vocês, admiro muito quem consegue, mas talvez falte tal habilidade para escrever sobre. Nesses casos sou melhor conversando mesmo. Sempre me considerei uma pessoa cheia, como se houvesse um mar dentro de mim e muitas vezes me sentia (e sinto ainda) transbordando, então vinha a necessidade de vir até esse meu canto despejar tudo, assim mesmo, sem forma, sem revisão, sem preocupação com o que acontece do outro lado da porta.
Porém esse hábito infelizmente caracterizou-se por vir em momentos nem sempre tão bons, aqueles que eu tinha tanta coisa pra falar, mas ninguém pra contar, ouvir, muito menos me compreender. Não é culpa das pessoas não ter habilidade de ouvir. Admiro que a tem.
Então, consequentemente, a maioria das coisas que vocês lêem aqui são partes de mim, integrais, verdadeiras, cheia de sentimento. Sempre fui assim, como um livro, mas pouco sabem ler. Lembrei agora de uma música que dizia "cada lágrima que escorre da minha voz é minha metade. Metade de mim está em tudo que faço, ofereço a vocês em milhões de pedaços de rimas, abraços, sorrisos, olhares profundo...". E é bem isso, quando se escreve assim ou você se doa, se abre e dilacera o que tá sambando no seu peito, ou isso não é verdadeiro. Nunca estudei nada relacionado a letras, jornalismo, etc. mas me considero sim uma escritora da vida, da minha vida, dos meus sentimentos, do meu quarto. As paredes estão todas escritas, pra quem quiser ler.
Enfim, um defeito meu é que nunca consegui ser breve na escrita... mas não sei se quero consertar isso. Se você consegue chegar até o final, parabéns e muito obrigada por passar esses minutos comigo.

Lendo os históricos daqui vejo o tamanho da evolução, maturidade que vem com a vida, naturalmente. Mas o que nunca mudou foi a vontade de expor o que vai aqui dentro, a cada tempo com a evolução da forma. Por me expressar melhor escrevendo, muita coisa do que tem aqui tem endereço certo, não em forma de indireta, pelo contrário, é direto no coração. Mas também, é de se imaginar que com a falta de atualização também os endereços mudaram, ou deixaram de existir. Pois é, a vida passa e a gente vai junto com ela. 
Não perdi o hábito de escrever, sempre carrego papel e caneta comigo, mas fiquei muito tempo sem querer mostrar pra ninguém. Medo de ser incompreendida talvez. Mas também um pouco de egoísmo e querer guardar pra mim meus transbordos. Além disso, eu vinha aqui em momentos mais tristes. E esses momentos ficaram cada vez mais escassos...

Hoje muita coisa mudou. Qualquer personagem que está presente nos textos daqui não estão mais aqui... restaram apenas os textos. Pessoas passam também, mas só o importante fica!
Nunca estive tão feliz! Tô aprendendo a me dedicar a alguém que vale cada esforço e cada sorriso, e isso é tão bom. Mas prefiro não falar muito. Eu aprendi também que quando tudo tá indo bem e feliz, não se pode falar muito sobre. Só sentir e ser. As pessoas vão perceber, não precisa compreender. Guarde suas conquistas para compartilhar com quem merece e está sempre com você, e seus planos então... enquanto são só planos conte ao mínimo de pessoas. Faça seu caminho para concretizar, mas se reserve. O mundo ainda tem muita coisa ruim, e respirar esse ar daqui ainda intoxica muito. 

Prometo compartilhar mais algumas coisas com vocês! Obrigada por todo o carinho e esforço para virem até aqui me fazer companhia. Fiquem a vontade para puxar a poltrona e conversar sobre o que quiser.

Luz e positividade.

sábado, 26 de janeiro de 2013

"Mesmo sem compreender, quero continuar aqui onde está constantemente amanhecendo."


Escolhi abrir mão de todos esses 'querer bem' simplesmente por não aguentar o peso de todas as projeções da imaginação.
Na real, por mais que a gente goste de coisas complexas, o que realmente nos faz feliz são as coisas/momentos/pessoas simples.

Dias profundos me pesam e eu optei por fica ausente pra sempre.

(originalmente escrito em 23 de janeiro de 2012)

o tempo lá fora refletindo o tempo aqui dentro


Alguns hábitos não somem e não sei dizer ao certo o que fez com que eu conseguisse escrever tão facilmente depois de tanto tempo sem querer nem tentar. Esses dias de chuva tem chovido muito mais em mim e eu não lembrava como janeiros eram reflexivos. Dias profundos esses, com direito a gangorra de sentimentos. 
Não sei de muita coisa não; então enquanto fico nesse loomping inconstante encho as linhas e posteriores página, até quando me for permitido.

(originalmente escrito em 17 de janeiro de 2012)

Happiness only real when shared


Para mim, é extremamente difícil escrever sobre qualquer coisa depois de tanto tempo sem tentar. Eu eternizo em mim e a mim fechando o olho. Mas é que como se eu tivesse gravado um filme na minha retina eu fico repassando mentalmente aquele olhar semi cerrado, sorriso desarmado, e é tão gratificante para mim saber que sou uma das poucas que conseguem te desarmar que meu peito enche de algo que não posso explicar. 
Confesso não ter esperanças. É como se todos estivéssemos em um navio desancorado à deriva,totalmente perdido e a milhas de civilização. E eu sempre gostei de âncoras. 
Não quero pensar na nossa sintonia, na nossa incrível capacidade de gostar das mesmas coisas. Pessoas vêm e vão, quase como lei natural da vida. Não quero pensar em, justo você, passar. Me limito a lembrar do seu olhar estreitando, do seu ar boêmio, do seu hálito de cerveja. Nós viveremos pra sempre.

(Originalmente escrito em 15 de janeiro de 2012.)