Para mim, é extremamente difícil escrever sobre qualquer coisa depois de tanto tempo sem tentar. Eu eternizo em mim e a mim fechando o olho. Mas é que como se eu tivesse gravado um filme na minha retina eu fico repassando mentalmente aquele olhar semi cerrado, sorriso desarmado, e é tão gratificante para mim saber que sou uma das poucas que conseguem te desarmar que meu peito enche de algo que não posso explicar.
Confesso não ter esperanças. É como se todos estivéssemos em um navio desancorado à deriva,totalmente perdido e a milhas de civilização. E eu sempre gostei de âncoras.
Não quero pensar na nossa sintonia, na nossa incrível capacidade de gostar das mesmas coisas. Pessoas vêm e vão, quase como lei natural da vida. Não quero pensar em, justo você, passar. Me limito a lembrar do seu olhar estreitando, do seu ar boêmio, do seu hálito de cerveja. Nós viveremos pra sempre.
(Originalmente escrito em 15 de janeiro de 2012.)
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