Senti o torpor novamente, meu peito dilacerando em milhares de pedaços com a verdade cantada.
E eu finalmente fui tomada pela realidade sufocante, desperta dos meus sonhos de forma mais pertubadora e agora é como se eu estivesse distante e sozinha.
A verdade é que não tenho mais a quem dedicar versos nem canções, nem risos bobos nem verdades veladas.
É como se fosse tudo um engano. Todo esse tempo. Minha covardia chegou ao extremo e eu não tive coragem de admitir, até hoje. Eu perdi minha hora.
Agora, vou tentar me reerguer, juntar os cacos das pontes que levava meu caminho até você. Sairei do escuro e desse ângulo estranho em que enxergava o mundo. Não me fazia bem.
Por trás dos olhos, onde as lágrimas não podem lavar a imagem, eu ainda visualizo com detalhes aquela cena, como se fosse minha estação preferida.
Encontrarei meu caminho e me libertarei, mesmo que seja impossível apagar as lembranças.
Um dia, recordarei do tempo bom sem dor, sem agonia e mágoa e nesse dia quem sabe vou até poder sorrir pela minha evolução.
Agora, começo a contagem dos dias.
"O esforço pra lembrar é vontade de esquecer..."
Abril - Até Mais
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Puxe a poltrona e fique a vontade.