Páginas

domingo, 5 de abril de 2009

Se me perguntar o que tenho feito esses dias que você foi embora, vou responder que vivi a esperar o dia que você ia voltar. Esperei, esperei, fiquei sem dormir, e você não voltou. Me curvei na minha dor, vi as coisas de forma turva, foram dias difíceis. Mas me reergui. Sabe, como diz a música 'me libertar e prosseguir, viver'. Encontrei pessoas, conheci alguém pra dividir minhas idéias e pensamentos, e que se preocupa com meu bem-estar. Você me deixou em boas mãos, com um anjo. Obrigada por isso. O tempo passa, até para mim, até quando parece que tudo se arrasta e te arrasta para o fundo do escuro da sua dor. Mas foi nesses dias que vi me apeguei muito a você, o que eu mais temia, o que eu não queria. Eu lembrei de você todos os dias desde que você se foi, até hoje. Eu sinto sua falta de forma irracional, sufocante, por vezes dolorosa. E eu nunca tive a certeza de ser recíproco. Eu abro mão de ter você aqui, eu deixo de buscar os motivos. Eu não sei mais o que sinto. Só quero cuidar dessas feridas e respirar livre de novo. Não tenho mais certezas, nem se teremos mais nossa chance; você me deixou na incerteza ao ir embora. Mas do fundo do meu coração, eu queria que fosse só um sonho longo, mesmo eu tendo a plena lucidez da verdade, mesmo eu tendo senso da realidade. Eu ainda preciso (re)aprender a viver, enfim. Reaprender a viver sem você pra completar minha respiração; encher meus pulmões do ar gelado que me queima. E eu só tenho uma pergunta pra fazer: Por que teve que ser assim?

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Puxe a poltrona e fique a vontade.