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quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Monstro embaixo da cama

Tem uma coisa aqui dentro de mim, que pesa, que me faz querer chorar. Mas minhas lágrimas estão presas e só consigo emitir um som rouco pouco convincente. Se passaram exatamente doze minutos da uma da madrugada e eu estou deitada na minha cama, com uma angustia numa mão e uma saudade na outra, tentando inutilmente distrair-me dessa vontade de sair porta afora. 
Não é tristeza, mas é vontade incontrolável de me desligar um pouco dessa realidade. Está tudo misturado, sentimentos, fatos, frases, promessas, tudo no ritmo da música e eu não queria nada disso, eu só queria deitar no chão, olhar o céu, ai fechar os olhos e chorar tudo o que tenho que chorar, falar tudo o que tem que ser dito. Aproveitando meu estado vulnerável, minha imaginação trabalha pra me enlouquecer, meus medos afloram, meus sentidos se aguçam e pedem por algo que não posso ter comigo sempre. Não quero ser um calendário do ano passado entende. 
Eu quero palavras diretas, eu quero ações conclusivas. Promessas angustiam e me dão esperanças placebas, porque é conforto. Quero abraço demorado, olhar intenso. Quero chorar, quero rir entre lágrimas.
Os fatos recentes cairam como uma bomba em cima de mim e eu achei que poderia me manter forte 100% do tempo. Mas chega uma hora que dores somadas pesam demais para ambos os lados e meu coração quase falha no teste. 
A verdade é que preciso de abraço apertado, todo dia :/

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