Racional

Houve um tempo em que eu acreditei haver tanto de você em mim que me admirava eu conseguir respirar sem te ter ao meu lado pra completar minha respiração. E eu sofria por não te ter. Dentro de mim, os sentimentos se dividiram e uma parte começou uma revolução enquanto que a outra preferia deixar como estava. Com o tempo, a revolução ganhou dimensões inimagináveis e quando percebi já estava achando bobagens todos aqueles sentimentos sonhadores e esperançosos de outrora. Mas não foi só dentro de mim que mudou. Na verdade, o meio influenciou, as situações mudam, pessoas vêm e vão e eu fui vendo que grande parte daquilo que eu achava possível só existiam na minha cabeça. Fantasiei demais, me iludi, isso é fato. Me afastei disso tudo pra colocar as idéias no lugar. Juntei os cacos de coração e razão e me reergui, me recompus. Não se trata de fechar o coração, ser como pedra. Não. Mas sim não deixar a fantasia e emoção dominar toda minha razão, calando-a, sufocando-a. É necessário enxergar a realidade como ela é e não como eu enxerguei nos olhos dele. Não nego que algumas vezes ainda tenho tendência a fantasiar, afinal sonhar é bom. Mas enxergar o que de fato é real é imprenscindível. A gente aprende ao longo da vida. Porque quando se trata de sentimentos, aquela frase: "..o sábio aprende com os erros do outro" não é válida. Todos se iludem e erram, porque não há fórmula mágica que ensine a como amar e ser amado. Só aprende vivendo tudo na prática mesmo, nas cagadas, nas desilusões. A gente aprende, ou não, depende de quanto seu coração aguenta e eu vou continuar tentando fazer dos meus erros, acertos. E Éros agradece.