sábado, 31 de outubro de 2009
Quer saber?
Eu me recuso a dizer o quanto queria te ver, o quanto gosto de você.Você já está ciente do meu sentimento e que eu sinto sua falta com força.
Ah quer saber, eu quero que se foda porque agora parei na estrada e não tenho carona, e nem correrei atrás de uma. Larguei mão.
Rosto lavado.
E vai chover nas oportunidades que desperdiçamos.
Que nunca seja tarde demais. Eu torço.
"Eu soube antes de você
Se quer saber, eu soube antes de você..."
Se quer saber, eu soube antes de você..."
"...Só não queria dizer adeus.
Eu só não queria dizer adeus..."
Eu só não queria dizer adeus..."
quinta-feira, 29 de outubro de 2009
Chuvisco
Se eu tivesse um cigarro agora, eu o fumaria inteiro. Afinal, uma vez provado o gosto ruim, a segunda vez já vira normal. E a gente se acostuma com o ruim mais rapidamente do que com o que é bom. Pelo menos o que é ruim não pode ficar pior; e se ficar, a gente não se frustra, afinal o que não presta, não presta. Agora, com o que é bom... aí vêm as expectativas frustradas, as decepções e o caralho.
Quando eu era criança, eu tinha medo do barulho que o vento fazia na janela do meu quarto a noite. Eu não gostava daqueles assovios aterrorizantes e eu tampava os ouvidos para calar qualquer demônio interior, e assim, dormia.
Certas coisas não mudam nunca.
Esse farfalhar das folhas das árvores me incomoda. Esse vento que bagunça meus cabelos e passa pela minha nuca arrepiando-me. E esse ar úmido junto com essa terra escorregadia dizem que este banco em que me encontro não será abrigo por muito tempo e nem adianta tentar se proteger com o capuz.
"Ouve. Está vendo os pássaros inquietos? Eles sabem mais que você?"
E essa vontade ainda não passou.
Eu não sei que falha de personalidade pede por isso, e eu quero é que se foda também.
Nossos planos sempre têm essa cara de desastre que eu detesto. Perecíveis. Sensíveis. Instáveis. Não sei, ainda não achei palavra exata pra definir. Só sei que não gosto nem do gosto nem da sensação. É meio quando o tempo fecha. O céu fica feio e a gente não sabe se fará frio e choverá. E eu detesto insegurança, mesmo convivendo com a incerteza em 99% dos meus passos.
Ai começa aquele chuvisco chato, insuficiente pra abrir o guarda-chuva mas que você precisa colocar o capuz pra se proteger. E ainda borra a folha com o que você escreveu pra alguém que devia estar sentado ao seu lado. E apaga seu cigarro. Mas você não quer ir pra casa mesmo assim e esbarrar com os demônios que aterrorizam quando o vento faz barulho na janela.
E é aí que me encontro. Sentada num banco frio e no frio, acostumada com o gosto de bolor na boca do estômago e com o vento que bagunça os pensamentos; com o papel manchado, e sem a nicotina. E eu não vou pra casa. E chuvisca.
E droga, ele acertou.
Mas eu quero mesmo é que se foda.
Eu falo de mim com propriedade percebe?
Eu ainda sumo.
sábado, 24 de outubro de 2009
Vem
Quando você se encontra sozinho e só o que sobra é o escuro, o silêncio é o melhor companheiro. Pensei em milhares de planos, infinitas possibilidades... Eu confesso, alguns deles seriam bem possíveis, com você.
Vem nessa.
quarta-feira, 21 de outubro de 2009
Surto
"O chão, o ar.. quem foi que os tirou daqui? Quem me deslocou do meu lugar?"
Descubro: eu surto muito fácil. E esse cansaço que me pesa não é somente ocasionado pelas noites mal dormidas; essa preocupação que me aperta a boca do estômago e essa falta de informação que me comprimem o ar são companheiros constantes.
Ahh telefone que não toca.
Ficar o dia naquele dilema do 'ligo ou não ligo?'
Medo que me percorre.
E eu confesso: eu não estou mais com paciência para as conversas convencionais nem pra encontros casuais.
O pulso não aguenta e o que eu queria mesmo era correr pra'quele lugar certo.
Às vezes eu olho pro céu e sim, eu forço a nos colocar no pensamento.
E quer saber, cansei também de falar das mesmas coisas. Antes de você chegar eu tinha outros assuntos e agora tudo se resume nessa falta da falta.
Inclusive falta de assunto.
Quer saber, eu deveria me calar.
Mas o pior é que eu sei que não dizer pra ninguém não vai calar essas palavras que estão na garganta.
Droga.
domingo, 18 de outubro de 2009
As horas
É estranho ver seu relógio pulando das 23h59 para as 01h. Isso assustaria senão fosse esse barulho de chuva que invade a escuridão do quarto e essa saudade latejante que corta o ar. Eu não esqueço nunca.
Você vive em minha mente e basta eu imaginar pra viver tudo, é o que me restou.
Eu não sei dizer se perdi uma hora do dia ou uma hora de lembrança. Quando tudo tanto faz, o tempo de propósito, passa sem pressa, então eu o tenho o bastante para imaginar coisas grandes e inventar maneiras de enfeitar a realidade que agora tanto faz!
sábado, 17 de outubro de 2009
Reflexo
Às vezes eu sinto essa necessidade de correr do meu pensamento.
Eu busco maneiras de te sentir, eu testo meus sentidos pra ver se eu não esqueci.
Eu não sei se essa idéia fixa que bóia na superfície da minha mente foi causada pelo peso da saudade ou pela última música que tocou no meu player. Mas muitas vezes eu não tenho certezas, e tudo me parece muito solúvel, porém sua imagem continua tão intacta, como um elã de amor.
Em meio a esse breu involutário eu enxergo o reflexo daquilo que eu quero, daquilo que quando eu fecho os olhos enxergo claramente.
Esses surtos me aparentam tão familiares que já me vejo sem eles.
E nessas horas eu só imagino que saudade não é sentimento desse mundo.
quinta-feira, 15 de outubro de 2009
sábado, 10 de outubro de 2009
quinta-feira, 8 de outubro de 2009
till
Por um instante foi engraçado pensar que toda aquela fossa subjacente era causada por um só motivo: amor... ou falta dele. Eu e mais três marmanjos fugindo nós mesmos, viajando em pensamentos aquecidos pra perto de quem faz falta. Eu segurando a minha metade do nosso chaveiro, observando com muita atenção a imagem materializada de como eu me sentia por dentro, rodeada de gente, mas completamente sozinha, imaginando possibilidades, desejando voltar atrás...
quarta-feira, 7 de outubro de 2009
true
Eu juro que tento me manter forte na conviccção, estancar o sangramento, cuidar da ferida.
Mas dói, lateja, arde, coça, e chego a pensar se o preço que se paga por tentar se manter forte não seria alto demais.
Sim, eu me sinto faltando um pedaço.
Eu me sinto destroçada, esfarelada, em migalhas.
As vezes minha cabeça quer explodir e eu insisto em travar uma batalha contra as lágrimas.
De repente é como se cada palavra trocada, cada confissão, tomasse um peso de chumbo, bem no meu estômago.
Eu não sei mais se deveria acreditar em algo novo que fizesse sentido pra mim. Porque de onde enxergo as coisas nunca esteve tão escuro e barulhento.
Manter-se pensamento positivo torna-se tão estupidamente sem sentido.
Não vejo mais motivo pra segurar essas lágrimas que escorrem da alma queimando-me por dentro.
Tentei me manter forte por tempo demais.
Hoje permito-me desmoronar.
sexta-feira, 2 de outubro de 2009
Sigo o coração...
Se for pra não te ver chorar vale a pena.
Se for pra ver você me dar um sorriso,
eu fico horas na chuva.
Por mim tudo bem, não importa.
Eu fui adolescente até pouco tempo atrás,
agora eu quero é ficar calmo.
Quero contar meus sonhos,
mudar de casa... mandar fazer um quadro nosso.
Não sei o correto e já não sou tão certo.
Sigo o coração que diz que não sabe, mas é segredo.
Faz a vida ser bela e infinita
e diz que não somos grandes demais pra pensar
que tudo foi perdido e que nada é como antes.
Quando chove gelo a gente sai com a língua pra fora.
Eu fingi tanto tempo ter certeza demais
Agora eu ouço alguém me dizer: "Pai, deixa a luz acesa"
E me perguntar quem acende as estrelas.
Eu sou criança grande sabe,
E eu quero sair e pular nas poças se for pra te ver amar.
Faz a vida ser bela e infinita
e diz que não somos grandes demais pra pensar
que tudo foi perdido e que nada é como antes.
E como já foi dito,
Toda criança sensível saberá o que estou dizendo.
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