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sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Free time.

O tempo passou, e está passando neste instante, mais rápido do que antes. E ela sentia que tinha que fazer algo, antes que o momento também passasse. De duas coisas ela tinha certeza: que não podia mais guardar suas opiniões, idéias, sentimentos, sensações e pensamentos pra si mesma, estava quase sufocando com tudo; e, ela não conseguia mas ser sozinha num mundo tão cheio, não conseguia mais se esconder, muito mesmo se isolar das pessoas - nem de certas pessoas -, nem mesmo dentro de si mesma. Por mais que corresse até as pernas cansarem sem olhar nenhuma vez pra trás, quando chegava ao lugar que queria, lugar nenhum, se sentia tão só, tão mal, uma sensação tão sufocante, num silêncio tão ensurdecedor. Ela não podia mais negar, nem se privar do contato humano, mesmo que muitas pessoas a fizesse se sentir triste; ela não conseguia mais ficar longe. Mas toda vez que abria a boca pra contar isso a alguém, qualquer um que fosse, as palavras ficavam presas, e as poucas que saíam, eram engasgadas, inteligíveis. Ela não conseguia passar essa sensação e desejo pra ninguém, porque não achava as palavras certas nem quem entendesse tal pensamento. Ela guarda, embora não aguentasse mais isso. Mas seu grito ainda está preso na garganta, pronto pra ser gritado; seu pensamento está guardado, porque ela sabe que vai conseguir, esperando pra dar vazão em algo real, em que poderá ser livre, sem restrições e julgamentos. Ela aguarda enquanto o tempo passa e ela não vê. Ouvindo: Time - Pink Floyd

Um comentário:

  1. Meu Deus qnto tempo não comento.
    Vc sempre escreveu muito mas esses últimos... UAL.
    Acompanho de longe. Essa menina tem um futuro que Deus sabe.
    Saudade.

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