Páginas

sábado, 24 de janeiro de 2009

Sua ausência me seca.

Eu devo ter interpretado errado alguma parte da canção formada pela batidas do meu coração junto com o assovio do vento no meu ouvido porque eu não consigo identificar em que parte dela dizia que essa ausência tem que preencher tanto espaço. Meu coração fica apertado, quase cabe na palma da mão, e se mudou de lugar, porque definitivamente, sinto como se ele tivesse na garganta, pronto pra sair a qualquer hora. O vento corta meu ar, assopra no meu ouvido, me arrepia, bagunça meu cabelo; parece querer atender a um pedido seu, brincando de me fazer cócegas. Eu sei que você pediu a ele pra fazer isso. O mesmo vento que brinca com meus cabelos, te toca, e será que você percebe esse momento e o quanto de significado está contido nele? Meu segredo é ter aqui, onde as palavras pedem um beijo, onde posso manter um contato sem superficialidade e sem me preocupar com o resto. Aqui, onde posso te sentir e falar o que está pedindo para ser dito. Meu coração pede por isso, meu corpo fala, você consegue interpretar? Meu coração quase grita, é incrível como ainda consigo andar por aí sem incomodar os outros com os berros. Aqui dentro existe um turbilhão de emoções e sensações, que anseiam pela calmaria encontrada ao olhar teu rosto, pegar sua mão. Porque eu não sei explicar, me foge as palavras exatas pra descrever isso - nem sei se existem - mas eu encontro paz quando estou com você. Me dá segurança, me deixa bem. Mas só saber que tenho a você e que sou especial não tem me bastado, eu quero sentir, eu preciso sentir. É urgência, é clamor, é necessidade. Às vezes, sinto como se meus sentimentos me deixassem seca, porque a boca seca, os olhos secam, a pele seca. Essa história já foi longe demais, já me envolvi muito, me expus e não sei se haverá possibilidade de voltar atrás sem alguém sair machucado. Veja bem, não é porque encontramos um no outro uma forma de extravasar todas as emoções, pensamentos e sensações que guardamos até então que vou permitir que me magoe. Eu já me senti mal por tempo demais, e eu não estou disposta a sentir isso de novo. Olhe, a resposta está no meu olhar confuso, no abraço guardado. Tá na melodia inconfundível, tá na vontade de permancer junto que é constante, está no zêlo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Puxe a poltrona e fique a vontade.