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quarta-feira, 2 de julho de 2008

Toda poesia que houver nessa vida

.Escrevo poesias, muitas vezes sem sentido; murmuro palavras ao vento com a esperança de que ele as leve até você; sorrio para todos e dou risada das coisas mais sem-graças; canto músicas que me fazem lembrar você; fico a pensar o que estaria fazendo nesse momento e se já pensou em mim do jeito que penso em ti; dou risada, de longe, com as palhaçadas que você faz e diz. Você tem um jeito que eu adoro e vive do jeito que eu gosto de viver. Ai, saio pelos corredores buscando algo em que me apoiar e sustentar esse mundo irreal que criei, tentando, em vão, torná-lo um pouco mais paupável, só com o poder do pensamento. E vejo, lá no fim, alguém que me faz sentir estranha. Aqui dentro já não dá mais pra distinguir o real do irreal, o que é verdadeiro do que é mentira. Alguém a quem dedico minhas poesias sem nexo, canções bobas e palavras perdidas. Alguém, inclusive, que ainda não descobri se vai me ouvir. Mas mesmo assim chamo. E quando, ao olhar nos olhos, o tempo pára por um instante que parece uma eternidade, o que tem ao redor não existe mais, só aquela fração de segundo em que nossos olhos se encontram e você entendeu tudo o que eu ainda não entendi e que está aqui dentro confuso. Você me completa e ainda não sabe. Ou sabe, mas não quer admitir. Não gosto de você. Não me atrevo dizer o contrário, pois tenho medo do coração bobo acreditar.

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