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sábado, 26 de dezembro de 2009

Aos leitores,

Eu não mereço a atenção de vocês. Eu sou menina idiota que ri sozinha e tenta disfarçar a solidão insistente. Quem sabe com a clareada no quarto, clareio assim minhas idéias e volto a respirar. Não tenho mais criatividade porque só sei falar dos mesmo temas e personagens. Quem sabe quando eu me redescobrir consigo mudar o enredo e assim a trama toda, trocando o protagonista. Quem sabe destruo tudo, ou o faço tornar um best seller. Coragem não me faltará.
Acho que este ano já deu o que tinha que dar. Vivi muito, senti demais, e está tudo registrado não apenas com estes caracteres que insisto em deixar mas como tatuagens mentais na minha memória, e daí  meu camarada ninguém pode apagar. 
Tenho disfarçado pra dentro muitas coisas, inclusive a escrita. Repetições com outras palavras na tentativa de me plagiar variando o mesmo tema. Confuso né?
Entre coisas boas e ruins, se anulam, meu saldo ainda é positivo, embora nesse instante me encontre num momento triste. Quem sabe com essa doce ilusão de ano novo vida nova, as palavras voltem a me visitar como as borboletas que tanto sinto falta. 


Até 2010, ou qualquer dia na minha vida com esse tempo humano tão limitado.
Eu quero mesmo é Kairós.


Com carinho, 
Letícia S. Carvalho

sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

Christmas day

Então é assim, passou o dia e eu pensei demais por esse tempo todo. Se eu pudesse te dizer que sua confusão me afeta e confunde também, e o quanto sinto fazer parte desse desconserto. Se eu pudesse me teletransportar e deitar contigo, falar tudo o que eu anseio e olhar pro seu rosto e decorar cada traço... seria meu lindo e divino presente de natal. Eu deveria mesmo era abandonar essa doce ilusão que me envolve e partir, com o coração partido, mas há algo que me prende. Algo sempre fica a se dizer e eu não tenho mais voz. Corra pra cá, não perca essa hora. Pra quem tem todo o tempo do mundo, de repente é como se tudo tivesse escapando rápido demais por entre os dedos. Se eu não fui clara, eu te quero bem demais, bem aqui ou bem ai contanto que eu esteja pra dormir com você, entendeu agora?

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Christmas night

Então estou aqui, sozinha no escuro ouvindo alguém gritar que desenhou seu rosto atrás dos olhos, e lutando contra uma bad insistente, alternando entre estados de esperança e profundo desespero. Às vezes sinto que minha vida está toda errada, de ponta cabeça. Eu gosto da pessoa errada e sofro por me importar tanto. Quero um monte de coisa mas me importo tanto em não desagradar meus pais que acabo deixando de lado. 
É Natal e o que eu queria era poder passar em família e com alegria, com alguém que se importasse comigo. Detesto distância, detesto não poder abraçar todo dia.
Acabou que todo o medo que eu tinha durante o ano, se concretizou hoje, tanto que eu gostava de ficar só, foi tudo o que me restou. Hoje.

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Rima rica, rima pobre

Quando me dei conta, já vivia em um mundo diferente, realidade paralela com muito mais cenas imaginadas vividas intensamente. Nostalgia gostosa de se sentir, saudade forte que nunca abandona, lembranças vivas, pedaços de ontem que me fazem escrever hoje.
Aah vamos acordar amigos e vizinhos de tanto rir porque hoje as estrelas de nossas vidas vão se reencontrar e eu te amo, não esqueça da minha parte que ficou com você.

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Blue Sky

Não é sobre amor, não é sobre algo que possa se dar nome exato.
É tão abstrato quanto, e mora num lugar que poucos conseguem chegar.
Eu falo sobre saudade com propriedade e o quanto ela me afeta, porque o que sinto é de verdade e as consequências tornam-se físicas. Minhas lembranças são vivas, adquirem formas, andam do meu lado, dormem comigo. É como se fosse um pacto velado de paz. Mas elas não sabem que não me deixam nada em paz e eu fico calada, me permito sentir essa falta de calma. É uma nostalgia dolorosa, ms muito gostosa. E se hoje há saudade é porque um dia marcou.
Eu queria poder te explicar mas as palavras me escapam. Desculpe se deixo impressões demais.

Dias

Vinte e um de dezembro de dois mil e oito, trezentos e sessenta e cinco dias desde então. 
Pra quem sabe o valor de um vida ser mudada, eu comemoro. Eu achei que seria só mais uma estação, mas olha eu aqui, novamente sentada a escrever as memórias que eu não faço questão de esquecer. 
Essa noite eu tive um sonho bobo e sem sentido, eu ouvia aqueles riffs distorcidos e os tum-tum-pá de uma bateria que ritmava os corpos insanos a se balançar ao som de versos encorajadores. Até havia me esquecido do sonho ao acordar. 
Mas eis que deitada ainda pouco em minha cama com as lembranças, lembro do "com você não vou ter medo". O sonho. Então tinha um significado. Boa memória é um dos meus defeitos. Um ano.
Hoje completa um ano desde aquele show do Dance. Show que eu não sabia muito bem porque estava indo, só sabia que precisava de algum alcool pra desbaratinar um pouco. Sabia que te encontraria, mas não queria dizer muita coisa. Te vi na porta, não sabia porque tremia. Meu coração bombeava mais sangue do que o normal, eu senti. Até dispensei uns dois, porque queria te observar de longe. Eu lembro de todos os detalhes, da cor da camisa, da textura da pele. E aquele abraço, aquele calor. A despedida. Se eu pudesse seria naquele dia que eu teria parado o tempo de vez, momento em que teria você pra sempre, e não teria que escrever e fechar o olho pra recordar. Os prédios ecoavam, e me perguntavam onde estava minha mente. Desde então foram muitas as maneiras de te falar do meu maior clichê até então. Eletric feel, com você não vou ter medo, where is my mind, whereee. 
Eu fico inventando desculpas para te lembrar, quando na verdade eu nunca te esqueço. Que a gente viva pra sempre, antes de descobrir que não temos mais tempo. 
Eternizo.




We're just two lost souls, swimming in a fish bowl, year after year..
Running over the same old ground. What have we found? The same old fears...
...wish you were here.

domingo, 20 de dezembro de 2009

Sinto

Eu tenho uma péssima mania de intensidade. Tudo o que faço tem que ser intenso, tem que ter vida, senão não sou eu, senão não estou viva.
E também tenho mania de querer demais. Quando quero, quero muito, quero tudo e quero pra já.
Preciso aprender a querer menos, mas é que o pouco não me contenta e eu gosto mesmo é de exclusividade.
Eu gosto daquelas coisas simples, dirigidas a mim, preocupadas em me contentar. Porque quando me entrego, me entrego por inteira, e não pela metade. Porque quando sou, sou inteira por alguém. Porque quando me dôo é pra fazer o outro feliz. E eu me esforço pra ser a melhor, e ser inesquecível. Eu não quero que me escondam nada, e não acho que isso seja errado. Por isso quero que seja recíproco.
Se não quer saber de mim me fale.
Eu já quebrei meu coração mil vezes, e em todas achei que não conseguiria me recuperar. Morri algumas vezes também, confesso.
Não creio que seja egoísmo da minha parte querer um pouco mais de sinceridade das pessoas, um pouco de atenção dirigida a mim.
Afinal quantas vezes um coração pode ser quebrado e mesmo assim continuar a bater?
E agora ele bate, bate tanto que parece querer irrigar sangue pra todas as partes do corpo com tamanha urgência como se tudo fosse ficar seco de novo. Mas eu sei que não ficará. Meus pulmões respiram ar novo e eu gosto tanto dessa sensação, dessas cócegas no estômago.
A dormência passou, a letargia me abandonou. Respiro aliviada e não dói mais cada piscar de olho. Eu havia escritor cento e cinquenta e um versos tristes, todos com nomes e endereços corretos, até eu rasgá-los. Não é que eu tenho esquecido as cicatrizes, mas mudei os móveis de lugar e eu não sei guardar rancor. A mudança é a lei da vida, não é o que dizem?
Não quero mais me perder de mim, não quero perder essa sensação boa. Por favor.
Eu quero o céu pra mim pra sempre, eu quero minha estrela de boa noite. Beijo uma estrela só pra ela te fazer sorrir, porque eu sei que você vai olhá-la. Quem sabe assim veja a mim, refletida.

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Quer saber mesmo? Eu quero é que se foda.
Vou viver e causar o maior estrago possível.
Queria poder me teletransportar agora pro seu lado te abraçar forte e dizer o quanto você me faz bem e como eu gostaria de segurar sua mão pra sempre, te acalmar na hora da raiva e te fazer sorrir na hora do desânimo.
 
Alguém diz pra saudade que ela me maltrata?

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Descubro

A verdade é que não existe envolvimento sem apego.
Precisamos desesperadamente ser salvos.
Há quem morra de amor; bebe e respira, exala pelos poros, deixa o cheiro no rastro. E também os que passam a vida sem encontrá-lo, só conheceu por ouvir falar.
E há os que estão no meio, como eu.
A urgência de ser salva pelos caminhos incompreensíveis desse sentimento me toma.
Meu coração se cansou de superficialidade. Quero tomar à boca um copo cheio da pura essência.

Nunca soube quantificar meu sentimento, nem dar e receber doses exatas dele como se fosse um remédio que na dose errada se torna droga.

Urgência, urgência.

Nesse quarto escuro com essa música tocando, só lembranças do que eu por vezes duvido que não sejam apenas imagens codificadas pela minha mente fértil.

Não sei como me sinto.
Não sei o que deveria sentir.
Preciso de algo.
Falta algo.
Ausência presente, presença ausente, de novo.
Ocupa espaço e me sufoca.

Essa noite não.



As folhas já cairam e o inverno se faz aqui dentro. 


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(memórias e sentimentos de um dia que não me lembro muito bem só sei que foram intensos, porém passados. escrito em 20.06.2009)

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Anagrama

Quatro letras e um sentimento. Seu nome está escrito nas pontas dos meus dedos e tem a mesma quantidade de letras do meu sentir.
Como pode crescer assim com a distância?
Quando a gente lembra de uma pessoa todo dia desde o último é por que gosta mesmo não é? Então eu confesso que tenho uma ótima memória.

Sempre quando chove, eu lembro dos seus olhos, e de como me afogo neles.
Qualquer coisa vai ser só mais um pretexto para dizer que lembro de você, quando na verdade, eu simplesmente nunca te esqueço. 

domingo, 29 de novembro de 2009

Pra sair desse tormento e te esperar
Mantendo o meu corpo calmo
Pra deixar o tempo correr e tentar dizer
O que eu realmente acho
Não posso te atropelar nem te pedir 

Pra ficar aí sozinho
Não sei nem como te falar
Que na verdade quero ter você comigo
Pra te dar colo e te ver deitado
Na minha cama e não naquele sofá emprestado
Daria um pedaço do meu medo pra saber se você tem coragem
A distância entrelaça os nossos dedos pra encurtar a viagem
Como poderia saber se não fosse correr 

Atrás de encontrar os seus perdidos
Já sei que alguém aí já te controla
Na tempestade me contento com seus pingos
Você respirou aqui no meu pescoço
Da janela todos os prédios ali nos ouvindo
Se eu me escondo aqui nesse lugar tranquilo
Não se esqueça que pro caos eu tô partindo
Pra te dar colo e te ver deitado 

Na minha cama e não naquele sofá emprestado
Daria um pedaço do meu medo pra saber se você tem coragem
A distância entrelaça os nossos dedos pra encurtar a viagem

sábado, 28 de novembro de 2009

hora da despedida



Eu estava aqui o tempo todo, só você não viu.
(...)


E essa abstinência uma hora vai passar.

terça-feira, 24 de novembro de 2009

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

(...)
Porque eu me imaginava mais forte. Porque eu fazia do amor um cálculo matemático errado: pensava que, somando as compreensões, eu amava. Não sabia que, somando as incompreensões, é que se ama verdadeiramente. Porque eu, só por ter tido carinho, pensei que amar é fácil. É porque eu não quis o amor solene, sem compreender que a solenidade ritualiza a incompreensão e a transforma em oferenda. E é também porque sempre fui de brigar muito, meu modo é brigando. É porque sempre tento chegar pelo meu modo. É porque ainda não sei ceder. É porque no fundo eu quero amar o que eu amaria - e não o que é. É porque ainda não sou eu mesma, e então o castigo é amar um mundo que não é ele. É também porque eu me ofendo à toa. É porque talvez eu precise que me digam com brutalidade, pois sou muito teimosa. É porque sou muito possessiva e então me foi perguntado com alguma ironia se eu também queria o rato para mim. É porque só poderei ser mãe das coisas quando puder pegar um rato na mão. Sei que nunca poderei pegar num rato sem morrer de minha pior morte. Então, pois, que eu use o magnificat que entoa às cegas sobre o que não se sabe nem vê. E que eu use o formalismo que me afasta. Porque o formalismo não tem ferido a minha simplicidade, e sim o meu orgulho, pois é pelo orgulho de ter nascido que me sinto tão íntima do mundo, mas este mundo que eu ainda extraí de mim de um grito mudo. Porque o rato existe tanto quanto eu, e talvez nem eu nem o rato sejamos para ser vistos por nós mesmos, a distância nos iguala. Talvez eu tenha que aceitar antes de mais nada esta minha natureza que quer a morte de um rato. Talvez eu me ache delicada demais apenas porque não cometi os meus crimes. Só porque contive os meus crimes, eu me acho de amor inocente. Talvez eu não possa olhar o rato enquanto não olhar sem lividez esta minha alma que é apenas contida. Talvez eu tenha que chamar de "mundo" esse meu modo de ser um pouco de tudo. Como posso amar a grandeza do mundo se não posso amar o tamanho de minha natureza? Enquanto eu imaginar que "Deus" é bom só porque eu sou ruim, não estarei amando a nada: será apenas o meu modo de me acusar. Eu, que sem nem ao menos ter me percorrido toda, já escolhi amar o meu contrário, e ao meu contrário quero chamar de Deus. Eu, que jamais me habituarei a mim, estava querendo que o mundo não me escadalizasse. Porque eu, que de mim só consegui foi me submeter a mim mesma, pois sou tão mais inexorável do que eu, eu estava querendo me compensar de mim mesma com uma terra menos violenta que eu. Porque enquanto eu amar a um Deus só porque não me quero, serei um dado marcado, e o jogo de minha vida maior não se fará. Enquanto eu inventar Deus, Ele não existe.


(Clarice Lispector)
Deus, Ele não existe. in "Felicidade Clandestina" - Ed. Rocco - Rio de Janeiro, 1998

Notas

Eu deveria seguir meu caminho e não esperar sua volta. Eu deveria tentar recomeçar com os pedaços que me restam, pintar as paredes e buscar algo para me entreter. Deveria, mas não curaria isso. Acontece que o que mora deste lado é algo que cresce quando se divide. E não adiantará cobrir as fotos com posteres, nem pintar as escritas nas paredes; eu sempre arrumarei um jeito de descascar a pintura e voltar ao antigo jeito de sentir você. E as marcas se tornam mais profundas.
Contar estrelas apagadas foi uma forma que arranjei pra me proteger do vazio. Nem preciso dizer da falta que sua falta faz, não é? Lábios secos e dedos rachados, sua ausência me seca.
Cuida bem da minha parte que ficou aí desse lado.

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Sua ausência me seca

Você some e eu sinto falta. De tudo, de cada palavra, de cada letra, de cada laço de cadarço, de cada quadrado do xadrez da camisa. São essas pequenas coisas que formam um todo entende.
E eu desaprendi a escrever, a TE escrever. Minhas palavras secaram, meu cérebro parou, meu coração acelerou pra depois parar também e as palavras arranharam a garganta por tempo demais até que eu conseguisse as engolir.
Eu perdi a graça e não vejo mais graça, eu sinto um vazio ecoando nos meus passos, buscando encontrar nos olhares atravessados algo seguro.
Ninguém percebe a urgência nos meus gestos e o amarelo no meu sorriso e eu tenho andado torto, fazendo desenhos com os passos, imaginando formas diferentes nas nuvens só pra ignorar as borboletas.
Na direção de lugar nenhum, espero esbarrar um olhar familiar tão perdido quanto o meu. (você)

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Um floreio sem chão

Fui passear no bosque e não voltei mais.


Estou enlouquecendo... posso?

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Perecível

Minha esperança tem prazo de validade.

De novo

Eu havia preparado uma carta de despedida. Reuni toda coragem que havia dentro de mim e escrevi tudo o que meu coração sente na sua falta.
Quando eu ia posta-lá, aconteceu um imprevisto atrasando minha saída. Decidi deixar pra amanhã. Nunca pensei que um dia faria tanta diferença, afinal, eu havia desistido de qualquer sentimento mesmo.
Mas a justiça, ou seja lá que nome pode se dar a isso, resolve me mostrar o que eu deveria abrir os olhos pra enxergar, mas como idiota preferi ignorar, e veio como um tapa na cara, o mais dolorido, só pra eu aprender a não acelerar o tempo nem a julgar tudo sob o meu ponto de vista.
E com apenas meia dúzia de palavras suas eu rasguei a carta e corri de volta.
Sim, eu sinto muita sua falta, você não faz nem idéia. Chega a se manifestar de forma física: arde, coça, machuca. 
Não se preocupa que o meu coração ainda está guardado, bem aqui. Você sabe o caminho.
Eu preciso aprender a ser mais resistente, mais firme. Não entregar minha condição tão facilmente. Mas é que eu não resisto a...
Me beija logo vai.

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Sentimento de Julieta

"Se Romeu tivesse mesmo partido, para nunca mais voltar, teria feito diferença Julieta ter aceitado ou não a oferta de Páris? Talvez ela devesse ter tentado se adaptar aos pedaços de vida que restaram. Talvez fosse o mais perto da felicidade que ela chegaria."

New Moon

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

domingo, 8 de novembro de 2009

Salto

Eu cansei de carregar o fado desses planos ruídos, dessas expectativas não atendidas.
Optei pela mudança de sintonia. Sendo assim, você não entende minha língua e nem eu a sua, e viveremos bem. Viverei leve mas sempre com o peso das memórias findas.
Eu sei que acabarei por esbarrar em coisas que me preencherão, assim como essa música que sai do fone de ouvido e entra fundo em alguma parte do meu cerébro responsável pelo ato de coordenar o pensamento e organizá-lo em forma de palavras.


Individualizar uma vida a dois.
Sempre sobra uma opção não é?! 
 
Às vezes te odeio.

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Faz um dia bonito lá fora e eu estou aqui coberta até a cabeça. Acabei de acordar de um sonho que eu prefiria viver pro resto dos meus dias. 
O sol sempre anima mas eu sinto que fará uma bela noite de novo. no céu e no meu coração. 
Sempre prefiri mesmo as noites, ainda mais aquelas em que os outros vão e você vem.

Poá


Está uma noite tão bonita que é até um desperdício de vida ficar aqui deitada sozinha, tendo que controlar essas idéias que fecundam a mente e viram esse brainstorm. 
Sim, eu vou tentar mais uma vez e não, eu não sussego.
Eu larguei a mão do controle, cansei de tentar seguir em direção contrária à do coração.
Alguma estrela estorou no céu e o brilho caiu todo aqui no meu chão, e eu não me contenho e agora minhas mãos estão cheias desse brilho e eu te juro, essa noite ainda será nossa. Pois não há mais tempo pra perder, hoje há de ser o funeral de nossas tristezas.
Ah vida como se você soubesse o quanto é possível viver esse momento.
Em memória ainda está aqui e o seu abraço está guardado. Existem milhões de noites dentro do meu coração e ele treme.
Beijo uma estrela pra você e a lua... só ela é testemunha do meu sorriso.

Bem vindo à noite de nossas vidas.

domingo, 1 de novembro de 2009



Yeah, you're sorry, I'm sorry, everybody's sorry, but...
I can't do this anymore. I can't. And I won't. I'm gone.

sábado, 31 de outubro de 2009



Se for pra ser, que seja assim.

Quer saber?

Eu me recuso a dizer o quanto queria te ver, o quanto gosto de você.Você já está ciente do meu sentimento e que eu sinto sua falta com força.
Ah quer saber, eu quero que se foda porque agora parei na estrada e não tenho carona, e nem correrei atrás de uma. Larguei mão.
Rosto lavado.
E vai chover nas oportunidades que desperdiçamos.
Que nunca seja tarde demais. Eu torço.


"Eu soube antes de você
Se quer saber, eu soube antes de você..."































"...Só não queria dizer adeus.
Eu só não queria dizer adeus..."


“Eu sou à esquerda de quem entra. E estremece em mim o mundo. Sou caleidoscópica: fascinam-me as minhas mutações faiscantes que caleidoscopicamente registro. Sou um coração batendo no mundo.”

Clarice Lispector

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Chuvisco

Se eu tivesse um cigarro agora, eu o fumaria inteiro. Afinal, uma vez provado o gosto ruim, a segunda vez já vira normal. E a gente se acostuma com o ruim mais rapidamente do que com o que é bom. Pelo menos o que é ruim não pode ficar pior; e se ficar, a gente não se frustra, afinal o que não presta, não presta. Agora, com o que é bom... aí vêm as expectativas frustradas, as decepções e o caralho.
Quando eu era criança, eu tinha medo do barulho que o vento fazia na janela do meu quarto a noite. Eu não gostava daqueles assovios aterrorizantes e eu tampava os ouvidos para calar qualquer demônio interior, e assim, dormia. 
Certas coisas não mudam nunca.
Esse farfalhar das folhas das árvores me incomoda. Esse vento que bagunça meus cabelos e passa pela minha nuca arrepiando-me. E esse ar úmido junto com essa terra escorregadia dizem que este banco em que me encontro não será abrigo por muito tempo e nem adianta tentar se proteger com o capuz. 
"Ouve. Está vendo os pássaros inquietos? Eles sabem mais que você?"

E essa vontade ainda não passou.
Eu não sei que falha de personalidade pede por isso, e eu quero é que se foda também.

Nossos planos sempre têm essa cara de desastre que eu detesto. Perecíveis. Sensíveis. Instáveis. Não sei, ainda não achei palavra exata pra definir. Só sei que não gosto nem do gosto nem da sensação. É meio quando o tempo fecha. O céu fica feio e a gente não sabe se fará frio e choverá. E eu detesto insegurança, mesmo convivendo com a incerteza em 99% dos meus passos. 
Ai começa aquele chuvisco chato, insuficiente pra abrir o guarda-chuva mas que você precisa colocar o capuz pra se proteger. E ainda borra a folha com o que você escreveu pra alguém que devia estar sentado ao seu lado. E apaga seu cigarro. Mas você não quer ir pra casa mesmo assim e esbarrar com os demônios que aterrorizam quando o vento faz barulho na janela.
E é aí que me encontro. Sentada num banco frio e no frio, acostumada com o gosto de bolor na boca do estômago e com o vento que bagunça os pensamentos; com o papel manchado, e sem a nicotina. E eu não vou pra casa. E chuvisca.
E droga, ele acertou.


Mas eu quero mesmo é que se foda.
Eu falo de mim com propriedade percebe?

Eu ainda sumo.

sábado, 24 de outubro de 2009

Vem

Quando você se encontra sozinho e só o que sobra é o escuro, o silêncio é o melhor companheiro. Pensei em milhares de planos, infinitas possibilidades... Eu confesso, alguns deles seriam bem possíveis, com você.  


Vem nessa.

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Surto

"O chão, o ar.. quem foi que os tirou daqui? Quem me deslocou do meu lugar?"
Descubro: eu surto muito fácil. E esse cansaço que me pesa não é somente ocasionado pelas noites mal dormidas; essa preocupação que me aperta a boca do estômago e essa falta de informação que me comprimem o ar são companheiros constantes.
Ahh telefone que não toca.
Ficar o dia naquele dilema do 'ligo ou não ligo?'
Medo que me percorre.
E eu confesso: eu não estou mais com paciência para as conversas convencionais nem pra encontros casuais.
O pulso não aguenta e o que eu queria mesmo era correr pra'quele lugar certo.
Às vezes eu olho pro céu e sim, eu forço a nos colocar no pensamento.
E quer saber, cansei também de falar das mesmas coisas. Antes de você chegar eu tinha outros assuntos e agora tudo se resume nessa falta da falta.
Inclusive falta de assunto.
Quer saber, eu deveria me calar.
Mas o pior é que eu sei que não dizer pra  ninguém não vai calar essas palavras que estão na garganta.


Droga.

domingo, 18 de outubro de 2009

As horas

É estranho ver seu relógio pulando das 23h59 para as 01h. Isso assustaria senão fosse esse barulho de chuva que invade a escuridão do quarto e essa saudade latejante que corta o ar. Eu não esqueço nunca.
Você vive em minha mente e basta eu imaginar pra viver tudo, é o que me restou.
Eu não sei dizer se perdi uma hora do dia ou uma hora de lembrança. Quando tudo tanto faz, o tempo de propósito, passa sem pressa, então eu o tenho o bastante para imaginar coisas grandes e inventar maneiras de enfeitar a realidade que agora tanto faz!

sábado, 17 de outubro de 2009

Reflexo

Às vezes eu sinto essa necessidade de correr do meu pensamento.
Eu busco maneiras de te sentir, eu testo meus sentidos pra ver se eu não esqueci.
Eu não sei se essa idéia fixa que bóia na superfície da minha mente foi causada pelo peso da saudade ou pela última música que tocou no meu player. Mas muitas vezes eu não tenho certezas, e tudo me parece muito solúvel, porém sua imagem continua tão intacta, como um elã de amor.
Em meio a esse breu involutário eu enxergo o reflexo daquilo que eu quero, daquilo que quando eu fecho os olhos enxergo claramente.
Esses surtos me aparentam tão familiares que já me vejo sem eles.

E nessas horas eu só imagino que saudade não é sentimento desse mundo.

quinta-feira, 15 de outubro de 2009


Eu vou tentar mais uma vez
Eu vou atrás, não vou ter medo
Eu vou bater, eu vou entrar
Eu vou chegar mais cedo mais uma vez.

Quem é você que não me vê
Cadê você que eu não vejo?
Cadê você pra me dizer que tudo isso vai passar.

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

till

Por um instante foi engraçado pensar que toda aquela fossa subjacente era causada por um só motivo: amor... ou falta dele. Eu e mais três marmanjos fugindo nós mesmos, viajando em pensamentos aquecidos pra perto de quem faz falta. Eu segurando a minha metade do nosso chaveiro, observando com muita atenção a imagem materializada de como eu me sentia por dentro, rodeada de gente, mas completamente sozinha, imaginando possibilidades, desejando voltar atrás...

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

true

Eu juro que tento me manter forte na conviccção, estancar o sangramento, cuidar da ferida.
Mas dói, lateja, arde, coça, e chego a pensar se o preço que se paga por tentar se manter forte não seria alto demais.
Sim, eu me sinto faltando um pedaço.
Eu me sinto destroçada, esfarelada, em migalhas.
As vezes minha cabeça quer explodir e eu insisto em travar uma batalha contra as lágrimas.
De repente é como se cada palavra trocada, cada confissão, tomasse um peso de chumbo, bem no meu estômago.
Eu não sei mais se deveria acreditar em algo novo que fizesse sentido pra mim. Porque de onde enxergo as coisas nunca esteve tão escuro e barulhento.
Manter-se pensamento positivo torna-se tão estupidamente sem sentido.
Não vejo mais motivo pra segurar essas lágrimas que escorrem da alma queimando-me por dentro.
Tentei me manter forte por tempo demais.
Hoje permito-me desmoronar.

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Sigo o coração...

Se for pra não te ver chorar vale a pena. Se for pra ver você me dar um sorriso, eu fico horas na chuva. Por mim tudo bem, não importa. Eu fui adolescente até pouco tempo atrás, agora eu quero é ficar calmo. Quero contar meus sonhos, mudar de casa... mandar fazer um quadro nosso. Não sei o correto e já não sou tão certo. Sigo o coração que diz que não sabe, mas é segredo. Faz a vida ser bela e infinita e diz que não somos grandes demais pra pensar que tudo foi perdido e que nada é como antes. Quando chove gelo a gente sai com a língua pra fora. Eu fingi tanto tempo ter certeza demais Agora eu ouço alguém me dizer: "Pai, deixa a luz acesa" E me perguntar quem acende as estrelas. Eu sou criança grande sabe, E eu quero sair e pular nas poças se for pra te ver amar. Faz a vida ser bela e infinita e diz que não somos grandes demais pra pensar que tudo foi perdido e que nada é como antes. E como já foi dito, Toda criança sensível saberá o que estou dizendo.

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Significados

Frus.tra.ção s. f. Ato ou efeito de frustrar. Frus.trar v.t.d. 1. Enganar a expectativa de; iludir. 2. Inutilizar. 3. Malograr-se, falhar. 4. Decepcionar-se. De.cep.ção sf Malogro de uma esperança; desilusão, desengano. Decepção não mata, ensina a viver. O tempo não cura tudo. Aliás, o tempo não cura nada, o tempo apenas tira o incurável do centro das atenções. (Martha Medeiros)

Teorias

Nunca precisei tanto de algo real para acreditar, algo que aqueça e que dê vida.
Amor nunca me pareceu tamanha utopia.
Que a descrença não me invada, que meu ar não seja comprimido nos pulmões, como tem acontecido aqui, no quarto escuro onde ninguém me vê.

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Confissão

Que minha imaginação não me mate, que meu fôlego não seja tomado pela ansiedade. Que a insegurança não cause taquicardia e que eu deixe de ser covarde e tenha coragem pra admitir que te quero bem. Bem, eu te quero demais.

sábado, 5 de setembro de 2009

Troca

Me dê sua loucura, sua boca e sua respiração. Eu te dou meu coração, minha insensatez e minha mão.
Seu toque por um beijo. Suas palavras por um suspiro. Seu esboço pelo meu contorno. Minha falta pela sua presença.
Você é especial e isso ninguém te tira.
Eu sei do que a falta é feita e é de tudo que só você preenche.

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Entre a boca e o coração.

Eu não nasci pra viver em linha reta. Minha vida é uma linha que forma figuras de estranhos ângulos. E não quero mais tentar ser a queridinha só para ser aceita.
Eu vivi muito tempo com um gosto amargo na garganta que subia até minha boca em forma de palavras. Minha acidez sempre incomodou e eu nunca fui aceita como sou.
Não, eu não quero mais ser aceita e eu não me importo.
Eu quero viver minha vida, do melhor jeito possível, e estou consciente que não estou imune a erros, e sei também que correr riscos envolve fatalidades, mas quero minha liberdade.
Juro que tenho umas boasItálico idéias sobre o que quero pra mim, tem um minuto pra me ouvir sem me julgar?
Aaah julgamentos, a ferida aberta. Por que não se liberta disso e joga ralo a baixo todas os conceitos sobre certo e errado, todas as opiniões, julgamentos e preconceitos?
Passei minha vida toda de cabeça baixa, vendo o mundo pela janela da minha tevê desligada.
Mas sabe, hoje tenho um belo par de asas, você não vê?
Eu queria ser seu motivo de orgulho sabe? Olha eu te trouxe um desenho. Tem uma casa com um jardim e um homem e uma menina e eles parecem felizes, e tem um céu azul com um sol e um arco-íris. Sabe, foi só um retrato de um sonho de uma noite qualquer.
Correntezas me saltam dos olhos e eu só queria mesmo era lavar minha alma. Porque eu escrevo sobre amor e desamor, e tristeza e mágoa e sou sensível a tudo isso.

''Sua vida é um outdoor que ninguém entende''

Eu desisto de ser o que queriam ver sabe. Não me serve esse papel; péssima atriz entende, eu não tenho talento. Eu não estou diferente do que eu sempre fui e se hoje digo tudo o que digo é porque transbordo. Eu não vou mais me calar, nem me omitir, eu não aceito repressão e quero me expressar também. Desculpe se fui uma decepção na minha maneira de ser. Talvez eu deveria ter sido da forma como vocês idealizaram. Desculpe não poder carregar o fardo das suas projeções, mas é que é muita responsabilidade ser como uma pessoa queria ter sido e não conseguiu. Mas lembre-se que sou uma irresponsável, logo a culpa não é de todo minha. Eu luto todo dia pra manter meu ar, pra poder ter direito a mais um grito na calada da noite.

No fundo somos todos vítimas dos nossos fantasmas interiores. Mas eu não vou deixar que eles me dominem, eu lutarei por vocês, por mim e por quem eu cuido.
Eu prometo que ainda darei orgulho a alguém um dia.
Eu amo vocês e tenho algo que chama mais forte.
Nosso caminho tem trechos tortuosos mas é sempre amor.
E mais uma lágrima percorre a estrada entre a boca e o coração.

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Damn Words

Cansei sabe. E já disse isso tantas vezes que me cansa mais ainda.
As manhãs me deixam com essa sensação de solidão. Droga de sedes afetivas insaciáveis.
Eu só queria esquecer a prudência e pegar o ônibus errado, só pra ver onde ia parar. Respirar segurando as costelas para que não partissem nunca foi tão difícil e eu só queria mesmo era uma respiração mais profunda e de verdade.
As coisas se resolvem naturalmente, eu sei, mas as vezes parece que os dias bons não chegam nunca.
E não venha me falar que eu tenho opções que não vou te dar ouvidos. Eu escrevo que é pra ver se as palavras ganham asas, e coloco um pedaço de mim dedicado a alguém, é sempre assim, eternizado.
Acho que eu não tenho palavras tristes o suficiente e nem belas fotos para causar impacto.
Mas se nem triste eu estou então pra que escrevo?
Fotografias ficam amarelas e as palavras o vento leva. Porém não as minhas maldtas palavras, pois nelas está eternizado cada pedaço infernal de mim, cada pedaço de você em mim.

E eu juro que é sempre assim e não sei de mais nada, só que cansei.

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Desculpem, mas preciso lhes dizer...

Eu não sei vocês, mas eu não aguento mesmice, marasmo e encontro com dia e hora marcados como se fosse consulta médica. Eu quero é o delírio, deixar a prudência de lado e viver no limite, pelo menos uma vez. Arriscar e sentir o sangue pulsante, vindo para meus lábios e se transformar em palavras gritadas. Por favor, não me julguem porque eu já cansei das pessoas e opiniões, eu estou cheia delas, de ambas. Dispa-se da sua armadura de preconceito, dê a cara a tapa e me deixe em paz. ...eu quero o DELÍRIO!

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

http://www.youtube.com/watch?v=laYGEdBci0I - Joely? E se você ficasse dessa vez? - Eu fui embora pela porta, não sobrou nenhuma lembrança. - Volte e faça uma despedida, pelo menos. Vamos fingir que tivemos uma. - Tchau Joel. Eu te amo. Encontre-me em Montauk.

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

A.C.

"Te desejo uma fé enorme, em qualquer coisa, não importa o quê, como aquela fé que a gente teve um dia. Me deseja também uma coisa bem bonita, uma coisa qualquer maravilhosa, que me faça acreditar em tudo de novo, que nos faça acreditar em tudo outra vez."
Caio F.
E agora é oficial, e que venha um novo começo. E o que passou passou e o que marcou ficou. Inegável, aquele efeito de farfalhar, morreu.

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Por mais uma volta do ponteiro

Sabe, eu estou bem, estou feliz comigo, com meu momento. Estou rodeada de pessoas queridas e querem meu bem, e que me proporcionam os momentos memoráveis.
Mas quando estou sozinha, é como se a música não parasse de tocar na minha cabeça, eu sinto um buraco dentro do meu peito, um vazio, vácuo, eco... cri.
Silêncio.
Minha falta estrutural nunca esteve tão latejante e eu abraço os joelhos como se fosse uma forma de fechar esse buraco e preencher esse vazio.
Preciso estar constantatemente em um abraço apertado, porque ao ficar só, sinto um frio que dá medo.
Eu não tenho tantas razões para tal medo, mas faz tempo que parei de buscar motivos.
Desde quando eu parei de contar o tempo.
Não faz diferença os dias; será que realmente fez, desde o último?
Que horas são?

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Memories

What can we do when our history is over? Everything we built together Now it is just some forgotten days Today I have a new way to think I see our past with other eyes And my way is so far from yours All I have to say to you is a last good bye Now I want to change my mind Now I'm gonna close my heart (I see you don't care, when you're never there) Memories become a lie Your last kiss was painful like a PUNCH All I have to do is to find a new way I will burn your letters you sent me one day With words that mean nothing anymore
Street Bulldogs
(A. de acabado)

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Meus erros em você

Eu queria sua respiração, o seu melhor e o seu pior. Queria atrevimento, que discordasse de mim quando eu estivesse 100% convicta das minhas certezas placebas. Surpresa, intensidade, respiração, suspiro, vida; queria sua vida junto com a minha.
Não queria ninguém moldado, e sim alguém com os defeitos assumidos e que me ligasse de madrugada, só pra fazer com que eu acordasse com raiva.
Não alguém que fica tentando entender os porquês que cercam sua existência; Alguém de alma; de coração quente e sangue pulsante. Não alguém que respira superficialmente, que olha pro chão buscando entender o desenho do passo no piso.
Sabe, eu tentei por tantas vezes não errar meus acertos, e fazer com que cada inspiração enchesse meus pulmões de ar quente.
Eu achei muitas vezes que poderia morrer de amor; hoje vejo o tamanho do oásis que eu estive. No dia de hoje eu me jogo no mundo, buscando viver um dia atrás do outro, um passo por vez. Porque não tem mais motivos pra esperar por ninguém, no final o trem sempre acaba indo embora e mesmo que você tenha entrado no certo, há muitos vagões diferentes e dificilmente será o mesmo que eu torcia pra você estar.
Não sou mais pessimista do que antes de te conhecer. Estou bem, estou feliz procurando minha paz.
Ahh se ser feliz ainda me fosse objeto de paz.
Não espere nada de mim, porque eu não espero mais de ninguém.
Não espero mais por ninguém.
Eu estou bem, eu continuo andando, mesmo com os joelhos arranhados. Minhas asas estão apenas guardadas, porque se eu fecho os olhos, ahh eu posso voar, eu juro que posso. Não há mais ninguém para que se dedique nada. Eu estou bem e estou só.
(Impedir que o sol te encontre acaba por matar as flores que cultivei, pra te dar. )

domingo, 9 de agosto de 2009

Descubro: sou viciada em intensidade. O mesmo me incomoda, a quietude me apavora. Quando quero, quero muito, quero tudo, e quero agora.

sexta-feira, 24 de julho de 2009

Diz que fui por aí

Se alguém perguntar por mim, diz que fui por aí, levando um violão debaixo do braço. Em qualquer esquina eu paro, em qualquer botequim eu entro, e se houver motivo é mais um samba que eu faço. Se quiserem saber se volto, diga que sim; mas só depois que a saudade se afastar de mim. Tenho um violão pra me acompanhar; tenho muitos amigos, eu sou popular; tenho a madrugada como companheira. A saudade me dói, o meu peito me rói. Eu estou na cidade, eu estou na favela, eu estou por aí sempre pensando nela - Fernanda Takai

quarta-feira, 22 de julho de 2009

Because maybe...

Eu venho sendo a mais dedicada praticante da auto-destruição. Não me agasalho mais no frio, não me alimento direito quando tenho fome; não durmo o suficiente e não paro de tocar essa música. Eu venho buscando formas de te sentir dentro de mim de novo pra saber que não morreu a lembrança e constatar que minha mente não esqueceu seu cheiro, seu toque, seu gosto.

Eu não deveria fazer isso mas preciso, como se forma de sentir-me viva. Vai ver é frustração. É, pensando bem essa é a resposta. Porque EU é quem queria estar do seu lado sempre. Eu queria que fosse em mim que você pensasse antes de dormir e pudesse dar um beijo de boa noite; que estivesse ao seu lado ao você acordar e te dar um beijo de bom dia com a cara de sono mais linda do mundo. Porque eu queria que tivesse sido eu e você, nós como um só. E no fundo eu ainda tenho esperança de que seja assim, não sei por qual motivo. Talvez eu esteja interpretando suas palavras de forma a entender o que eu quero que seja verdade.
Talvez você tenha bagunçado minha mente e invadido minha memória, fazendo com que eu lembre de ti todos os dias desde aquele nosso último dia. Talvez realmente o tempo tenha parado naquele último dia, porque eu desisti de contar os dias desde então.
Minhas certezas desmoronaram e o talvez tem sido meu companheiro.

Às vezes me deparo com sua imagem quando folheio álbuns antigos e cada dente na sua boca é um minuto sem respirar.
"E até hoje não houve um só dia em que eu não me lembrasse daqueles nossos dias. E até hoje não houve um só dia em que eu não me lembrasse de você. Sea, sex and sun Tudo me faz lembrar você ..."

terça-feira, 21 de julho de 2009

como velhos desconhecidos se você não me escuta, eu não vou te chamar.

segunda-feira, 20 de julho de 2009

"Você me fodeu, depois me esnobou. Você me ama, você me odeia. Você era sensível, dai se tornou um idiota. Isso descreve bem o nosso relacionamento?"
Marla Singer

domingo, 19 de julho de 2009

Carta

Eu te gosto tanto...
Fico buscando maneiras de te sentir; testo minha mente só para ver se ela decorou cada centímetro do seu sorriso perfeito, seu cheiro, sua respiração. É como se fosse droga; experimento para ver qual o seu barato. Só que invés de tóxico, uso lembranças, que provocam um êxtase. Como eu te queria novamente... Às vezes minha vontade de você é tão desesperada, tão intensa e assim se mosra justo quando acho que me livrei. Eu queria mesmo era consumir sua presença de forma a senti-lá em mim mesmo depois de limpa; queria roubar teu cheiro todo pra mim, de forma bem egoísta mesmo. Aquele nosso último dia, eu não queria te soltar. Como se meu coração pressentisse a quebra, eu te beijei com urgência e abracei forte. Eu queria mesmo era eternizar aquele momento, parar aquele segundo durante uma inspiração e entrar em você permanentemente. Quando eu cruzei meu caminho e me vi finalmente sozinha naqueles trilhos, eu sabia que não ia fazer aquele caminho no dia seguinte mas controlei o impulso de correrde volta ao seu encontro. Era como se eu fosse partir ao meio. O começo da frustração. Você precisava pensar, tomar decisões e fazer suas escolhas. Eu concordei. É difícil para quem está envolvido, você disse, eu entendi. Eu esperei, assenti e me frustrei. A frieza, o silêncio, torpor. Fui privada da droga e agora estou na pior crise de abstinência. Já não me importo em contar os dias ou quantos meses faltam para o Natal, porque desde aquele nosso último dia, foi como se o tempo houvesse parado no instante que nossas bocas se separaram; uma maneira de manter eterna aquela nossa última noite e fazer com quede manhã, ao acordar do torpor, o som que eu fosse ouvir seja o da sua respiração alta e poder ver seu rosto lindo ao meu lado. Espero pelo fim da meia noite eterna e a chegada da manhã que encherá de raios de sol o chão do meu quarto, iluminando a cena de nossas vidas.

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Eterno em mim

Ocupo minha mente, porque quando ela fica livre, ela escapa do meu controle. Foge para o seu lado. De longe eu prometo que vou desistir, mas não precisa estar muito perto para que eu quebre a promessa. Droga, eu sempre erro. Desejei hoje, mais que nunca, ter asas pra chegar até ai para conferir sua respiração, só mais uma vez, e assistir você dormir como se fosse a peça mais encantadora, mesmo sabendo que respira por outro propósito, que abre os olhos por outro motivo, que sorri ao ouvir outra voz, eu me sentiria bem nesse momento, porque veria você respirar e saberia que está bem, e eu aliviaria o nó no meu peito e a dor latejante na minha mente. Mesmo sabendo que não sou mais seu motivo, você ainda é uma das razões. (para mim) Às vezes eu só tenho noção da minha respiração, mais nada. Às vezes tudo que ouço são as batidas do meu coração, dentro do quarto escuro. Sou apenas um ponto dentro de um infinito.

sábado, 6 de junho de 2009

Reze por mim, pretendo voltar.

Fui andar. Pela estrada eu caminho só Me guiando pelos sinais Deixando marcas no meu chão. Me libertar e prosseguir, viver.

sexta-feira, 29 de maio de 2009

Entre defeitos e trejeitos, fiquei procurando onde eu errei. Em que mania irrecuperável fui deixar tudo se perder. Não sei qual o problema. Então, afinal, não há problemas nem culpados. Os únicos mortos e feridos da história são as ilusões que criei ao imaginar que poderia ser diferente. Esses dias cinzentos me deixam abraçando as pernas, pareço arrependida. Talvez até esteja, talvez não; minhas certezas ficaram esparramadas pelo chão, ao longo do caminho até o centro de mim. Talvez eu ame mesmo criar situações irreais em meio ao tédio cotidiano. Olho para o chão porque levantar os olhos nesse momento só me faria enxergar as ilusões por mim criadas, bem ali rindo para mim em deboche, e eu não quero ver essa peça. Pegarei uma carona para outro lugar qualquer. Já não estou onde eu quero estar. Não quero ficar aqui, não enquanto minha mente trabalha pra me frustar. Quero coisas mais reais. Às vezes, a minha vontade é pular daquela janela e voar.

segunda-feira, 25 de maio de 2009

Um mal necessário.

Tem coisas que se resolvem assim, deixando-as quietas. Indiferença é um veneno que me mata lenta e dolorosamente e não estou disposta a sentir tal dor. Últimas palavras dedicadas, memórias registradas. É isso, desisto da minha parte do jogo. Pode me chamar de covarde, de acomodada, de fraca, eu não me importo. Talvez mereça cada um dos xingamentos que posso vir a receber, mas saiba que minha arte de lidar com as palavras nunca ficou tão colorida como quando você colocou um sorriso no meu rosto e um brilho nos meus olhos, mas entre todos que poderiam me elogiar, entre todos, só um me deixaria realmente feliz por notar. Cansei de ser só eu. Sempre foi assim, e isso já me desgatou. Vou me desligar, vou ocupar minha mente com meus mundos paralelos. Vou me fortalecer, vou sumir. Talvez eu vá viajar, talvez para outro planeta, vou recuperar minha alegria de estar na (minha) melhor companhia. Vou dar um tempo desse tempo. Eu não estou mal talvez só um pouco muito louca, mas longe de ser ruim. Brianstorm puro. Vou reeencontrar meu eu sonhador, meu eu-lírico perdido nos campos floridos. Nessa viagem eu não quero nenhuma companhia cabisbaixa, quero alguém rindo mais do que eu, porque eu cansei de tentar reanimar pessoas mortas, que fingem desistir de ser feliz só pra fazer charme. Vou pr'onde eu não tenho limites de loucuras e a liberdade é uma velha amiga. Eu não vou pegar atalhos, vou seguir o caminho mais florido que encontrar, onde o sol brilha dia e noite, noite e dia. Eu não quero mais sofrer; eu não sei mais o que pensar, por isso tomei a decisão de não ter mais que pensar em nada. Só quero viver os prazeres que essa porcaria de vida tem a oferecer, mesmo que esses prazeres venham com um pouco de dor - estou anestesiada. Vou me amar um pouquinho mais e mandar pra casa do caralho as pessoas todas que não souberam me amar bem naquela hora em que eu tinha mais medo do escuro. Pra onde vou, a brisa será constante; lá eu não precisarei chamar atenção pra ser notada. A vibe estará no ar. Não pretendo mais banhar meu rosto com essas lágrimas, não por tais motivos. Última vez que dedico palavras, aproveite-as e engulá-as. Só cuidado pra não se engasgar no própria indiferença. Não sei se estarei por perto pra ajudar. Minha conexão falhou, vou me desligar. Câmbio desligo. A minha brisa não alcança o chão.

segunda-feira, 18 de maio de 2009

"Estou entregue a ponto de estar sempre só Esperando um sim ou um nunca mais." Eu sei que era isso o que eu tinha para ser reparado na letra. Queria que o tempo passasse voando e ter todo o tempo ao seu lado, simultaneamente. Me sinto desprotegida. Droga, eu prometi ser racional. Droga, promessas foram feitas para serem quebradas. Droga.

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Sim, eu tenho medo, e não sei em que grau, mas isso me deixa bem.
É expectativa, é cheiro, é vida.
Dá medo de saber o que acontece do outro lado.
Queria certezas. Queria estender a mão no escuro e sentir que do meu lado tem alguém cujo toque eu reconheceria mesmo depois de muito tempo; cujo coração bate e e faz ouvir a quilômetros que sejam.
É alguma coisa nessa curva entre o pescoço e o ombro, tenho certeza, ainda não consegui decifrar.
Mas se a vida fosse feita de certezas seria muito chata. O que é bom mesmo é essa expectativa, o brilho nos olhos, a gagueira.
E eu sei que não tocou só a mim, pude sentir pelo beijo nos dedos.
Algumas estrelas vão estourar essa noite e a menos que me expulsem de meu mundo eu vou recordar de tudo. Cada movimento, cada olhar, cada sorriso. Cada palavra sussurrada, cada silêncio significativo.
Faz frio lá fora, mas o seu calor fez com que uma chama ficasse, a chama que você deixou para me aquecer quando não estivesse você mesmo aqui para fazê-lo.
Esconde o medo e sorri, não é esse o lema?
Eu acho que eu aprendo. Ou você me ensina.

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Eu quero sol nesse jardim, eu quero a luz entrando pela janela e invadindo o chão do meu quarto de manhã.
Eu acordo e penso. Vou trabalhar e lembro. Viajo viajo viajo. O tempo tira as coisas do centro das atenções e é nessa hora que aproveito pra mergulhar no seu mundo, quando você tiver de baixa guarda. Eu invado o seu lar, eu pinto as paredes com cores berrantes e mudo os móveis de lugar, só pra te provocar; eu entro pela porta da frente, escancaro-a e coloco o pé no sofá. Eu derrubarei a ordem, mexerei com os quadros. Você é detentor de coisas incondicionais. Deixa eu brisar, sentir, tocar, ser. Beber na essência da sua presença, tocar o ar que se respira. Deixa que eu guardo o momento e quando menos esperarem, fecharei os olhos e sorrirei ao reviver tudo. Ar livre, pulmões abertos. Vida vida, eu te quero. Bem aqui, pra sempre. Segura minha mão e não solta, te conduzirei para meu mundo, não precisa ter medo. Você já me tem. "Pra quem vê a luz mas não ilumina suas mini certezas."

quarta-feira, 6 de maio de 2009

sexta-feira, 24 de abril de 2009

Momento Eterno Imutável

Ouvir, perceber, sentir, entender. por Maripê Ando insatisfeito com a maldita farpa, alojada em meu peito cada vez mais inflamada. por Mel Nader Canto gritando pra eternizar alguns pedaços de mim por Fugimoto Era arriscado e irreal por Maripê Como deve ser bom voar livre por ai. Curtindo o que há de bom no ar, por aí. por Felipe Rubia Suas cicatrizes nasceram em mim. por Fugimoto Correntes não me prendem mais, o sufoco é fugaz. por Maripê Nos traga a civilização, as almas estão secas em processo de erosão. por Felipe Rubia Dá escuridão surgiu a luz. por Maripê Abra os braços pra me receber. por Fugimoto Alguma coisa acontece quando se abrem as cortinas e a música começa. O êxtase não passou totalmente, a sensação permanece. Um dos melhores momentos de minha vida. Uma das melhores recordações. Obrigada Rancore por ter mudado minha vida. NÃOFUJADOCRÊ/RANCORELIBERTA http://www.myspace.com/rancore , ) \

domingo, 5 de abril de 2009

Se me perguntar o que tenho feito esses dias que você foi embora, vou responder que vivi a esperar o dia que você ia voltar. Esperei, esperei, fiquei sem dormir, e você não voltou. Me curvei na minha dor, vi as coisas de forma turva, foram dias difíceis. Mas me reergui. Sabe, como diz a música 'me libertar e prosseguir, viver'. Encontrei pessoas, conheci alguém pra dividir minhas idéias e pensamentos, e que se preocupa com meu bem-estar. Você me deixou em boas mãos, com um anjo. Obrigada por isso. O tempo passa, até para mim, até quando parece que tudo se arrasta e te arrasta para o fundo do escuro da sua dor. Mas foi nesses dias que vi me apeguei muito a você, o que eu mais temia, o que eu não queria. Eu lembrei de você todos os dias desde que você se foi, até hoje. Eu sinto sua falta de forma irracional, sufocante, por vezes dolorosa. E eu nunca tive a certeza de ser recíproco. Eu abro mão de ter você aqui, eu deixo de buscar os motivos. Eu não sei mais o que sinto. Só quero cuidar dessas feridas e respirar livre de novo. Não tenho mais certezas, nem se teremos mais nossa chance; você me deixou na incerteza ao ir embora. Mas do fundo do meu coração, eu queria que fosse só um sonho longo, mesmo eu tendo a plena lucidez da verdade, mesmo eu tendo senso da realidade. Eu ainda preciso (re)aprender a viver, enfim. Reaprender a viver sem você pra completar minha respiração; encher meus pulmões do ar gelado que me queima. E eu só tenho uma pergunta pra fazer: Por que teve que ser assim?

(U)rgência

Uma última olhada no táxi, imagens cicatrizadas na minha cabeça. Quatro semanas pareciam anos desde que toda sua atenção foi minha. Não é que eu guarde cada palavra, eu me guardo a cada vez que repete. Não é que eu continuo me guardando, eu nunca deixarei ir.
Eu quero sentir toda essa dor de uma vez, me dilacerar por completo, pra me libertar de vez. O que não suporto é essa dor latejante, insistente, que vai e volta. Essa urgência de sensação e depois silêncio. Torpor. Não é sempre, só quando eu respiro. Dói, só quando eu respiro. Esquecer, esquecer, esquecer. Apaga, apaga, apaga. Dismantle Repair - Anberlin

sexta-feira, 3 de abril de 2009

Eu liguei o som, tocou uma música qualquer. A canção que tocou era tão apropriada para o momento que eu até paralisei.
Senti o torpor novamente, meu peito dilacerando em milhares de pedaços com a verdade cantada.
E eu finalmente fui tomada pela realidade sufocante, desperta dos meus sonhos de forma mais pertubadora e agora é como se eu estivesse distante e sozinha. A verdade é que não tenho mais a quem dedicar versos nem canções, nem risos bobos nem verdades veladas. É como se fosse tudo um engano. Todo esse tempo. Minha covardia chegou ao extremo e eu não tive coragem de admitir, até hoje. Eu perdi minha hora. Agora, vou tentar me reerguer, juntar os cacos das pontes que levava meu caminho até você. Sairei do escuro e desse ângulo estranho em que enxergava o mundo. Não me fazia bem. Por trás dos olhos, onde as lágrimas não podem lavar a imagem, eu ainda visualizo com detalhes aquela cena, como se fosse minha estação preferida. Encontrarei meu caminho e me libertarei, mesmo que seja impossível apagar as lembranças. Um dia, recordarei do tempo bom sem dor, sem agonia e mágoa e nesse dia quem sabe vou até poder sorrir pela minha evolução. Agora, começo a contagem dos dias. "O esforço pra lembrar é vontade de esquecer..." Abril - Até Mais

terça-feira, 31 de março de 2009

Sim e Não

Sim, eu vou dizer que está tudo bem. E não, você nem vai desconfiar. Sim, eu vou fazer você acreditar. E não, você nem vai se importar se é verdade ou não. Quem te ama não te faz sofrer. Clichezão. Me libertar e prosseguir, viver. (Preciso!)

segunda-feira, 30 de março de 2009

by my side

Foi proposital. Dolorosamente proposital. Como se eu quisesse cutucar o buraco no meu peito com coisas que eu sabia que ia machucar, só pra ver no que daria, só pra sentir a sensação da dor latejante.
Eu não me contive nem me detive, deixei meu pensamento livre e desde o momento em que abri os olhos de manhã eu decidi, hoje não vou me privar de nenhum pensamento que me leve até você.
E assim o dia começou, sorri um sorriso torto de canto de boca e pulei da cama; cantarolei baixinho uma música carregada de lembranças, atrelada à imagens só pra ver se eu havia esquecido os cheiros e cores. Nostalgicamente, comecei meu dia como em mundo paralelo, cheio de fantasias. Foi bom.
Vi uns significados em coisas banais que antes não havia enxergado.
Eu simplesmente desisti de derrotar a lembrança, a saudade me aperta e dói, e eu preciso fazer algo pra amenizar a dor. Te resgatando em minhas lembranças, estou tentando me ajudar a colocar um sorriso nos lábios, mesmo que seja superficial, uma alegria dolorosa. Além disso, eu preciso só ter a certeza de que foi real, e que um dia você esteve aqui perto de mim. Tendo essa certeza, eu tentarei seguir e me desprender.
Não quero deixar o torpor me invadir de novo. Se a dor não me matar, eu ficarei mais forte, não é assim o jogo? Eu estou disposta a seguir meu caminho depois que provar o gosto dessa sensação. Eu quero é fechar esse buraco, que tem suas medidas. Eu quero respirar aliviada e voltar aos meus suspiros bobos ao mesmo tempo que eu quero que isso não acabe. Eu quero é preencher esse vazio estrutural, com sua presença. Eu quero deixar de contradição e seguir por um único caminho. Mas dizem que na vida nunca se trilha uma linha reta, e os caminhos que me levam até você estão meio obstruídos. Eu pego um atalho e nesse caminho eu vou buscando ouvir sua voz pra guiar meus passos escuros. Eu devia ter quebrado todos os relógios pra impedir que a mão do tempo passasse quando você esteve aqui, eu deveria ter parado o tempo naquela hora. Só assim eu evitaria que essas lembranças viessem me invadir a mente, fazendo com que eu vacile, gagueje e fraqueje. Ao final do dia, eu ainda sinto alegria. A solidão me acompanha lado a lado, mas eu não a ouço mais sussurrar no meu ouvido. São tentativas vãs de me preencher superficialmente, eu prefiro não largar minha esperança. O sono chega e só essa noite eu não quero sonhar. Amanhã vou pensar melhor, e creio que depois de hoje, um parte de você em mim - e eu não sei o poder dessa parte - deu um suspiro. Devo ter sofrido um abalo sísmico. Eu só queria correr pra longe.